Com os bons ventos que sopraram aqui e lá fora, o Ibovespa fechou, esta quinta-feira (11), com alta de 0,85%, aos 128.293 pontos, na nona alta seguida no mês de julho. Essa sucessão de altas não acontecia desde 2018.
Houve boas notícias no Brasil e nos Estados Unidos. Por lá, a inflação desacelerou. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) recuou 0,1% em junho, enquanto o consenso do mercado apostava numa alta de 0,1%. Com isso, no acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 3%, abaixo do consenso de 3,1% para o período.
Era a cereja do bolo que faltava para o mercado renovar as esperanças de que o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) deve iniciar a trajetória de queda dos juros na reunião de setembro. A meta de inflação perseguida pela autoridade monetária estadunidense é de 2% e os juros estão no maior patamar (5,25% a 5,50% ao ano) desde 2001.
Por aqui, a Câmara dos Deputados aprovou a proposta de regulamentação da reforma tributária do consumo com algumas surpresas, como a inclusão da carne bovina e de frango na cesta básica nacional, que tem isenção zero, atendendo a lobby dos ruralistas, embora esse também fosse um desejo do presidente Lula. Mas a equipe econômica teme as pressões da isenção na alíquota padrão do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) a ser criada, de 26,5%.
Outra boa notícia foi o avanço das vendas do comércio varejista, que avançaram 1,2% em maio, surpreendendo analistas, que esperavam baixa de 0,9%.
Dólar
O dólar comercial não acompanhou o bom humor e nem mesmo o movimento da moeda lá fora: subiu 0,55%, a R$ 5,44, enquanto o DXY, índice que mede a performance do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, caiu 0,56%. Já os DIs (juros futuros) recuaram por toda a curva.
Mercado externo
As boas de Nova York fecharam mistas, repercutindo o índice de preços ao consumidor (CPI) de junho, que mostrou deflação e um núcleo em desaceleração. Com o resultado, o mercado renovou a esperança de início de corte de juros pelo Federal Reserve já na reunião de setembro.
Porém, o S&P 500 recuou à medida que os investidores abandonavam os grandes nomes de tecnologia do ano, como Nvidia, Microsoft e Meta.
Com os dados de inflação, os Treasuries (títulos do tesouro norte-americano) caíram e os investidores começaram a apostar em ações de pequena capitalização e no setor imobiliário.
O Dow Jones fechou no azul, com alta de 0,08%, aos 39.753,49 pontos, enquanto o S&P 500 (-0,88%, aos 5.584,51 pontos) e o Nasdaq (-1,95%, aos 18.283,41 pontos) fecharam com baixa.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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