O Ibovespa voltou a fechar no campo positivo, nesta terça-feira (17), depois que os projetos de regulamentação da reforma tributária e o pacote fiscal começaram a avançar na Câmara dos Deputados. O principal indicador da Bolsa brasileira fechou o dia com alta de 0,92%, aos 124.698,04 pontos, um avanço de 1.137,98 pontos, após três dias seguidos fechando no vermelho.
Mais cedo, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), sinalizando que a taxa Selic pode chegar a 14,25% em março. Isso significa duas altas de 1 ponto percentual nas duas primeiras reuniões do ano, em janeiro e março. Em suma, mais contração econômica, mais arrocho na vida do brasileiro. A alegria da economia crescendo, parece que vai durar pouco. Parabéns, autoridade monetária! Parabéns, Faria Lima!
Na parte da tarde, o IBOV começou a ficar mais animado com a notícia de que a Câmara dos Deputados tinha colocado na pauta de votação de hoje o projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo e o pacote fiscal.
Algumas horas depois disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que o projeto que limita o ganho real do salário mínimo (PL 4614/24) e a proposta de emenda à Constituição que restringe o acesso ao abono salarial de maneira gradual (PEC 45/24), que compõem o pacote de ajuste fiscal do governo, devem ser votados amanhã (18) pelos parlamentares.
Segundo Lira, os deputados vão votariam hoje as alterações do Senado ao texto da reforma tributária, a proposta que estabelece uma tributação mínima efetiva de 15% sobre os lucros das multinacionais (PL 3817/24) e a criação da Política Nacional de Visitação a Unidades de Conservação (PL 4870/24).
Dólar
O dólar à vista encerrou o dia com leve alta de 0,10%, cotado a R$ 6,0982 — o maior valor nominal de fechamento da história, após oscilar durante toda a tarde e registrar seu maior valor nominal mais cedo, aos R$ 6,20. O Banco Central realizou hoje um segundo leilão à vista no começo da tarde e vendeu um total de 2,015 bilhões de dólares. Após a operação da autarquia, a moeda cedeu um pouco, mas não muito.
Mercado externo
Os ativos de Wall Street levaram o Dow Jones a nova sessão de queda, uma sequência que não se via desde a década de 1970. As perdas do indicador foram impulsionadas por uma rotação para ações de tecnologia e para fora de algumas das ações mais tradicionais da economia que ganharam bastante após a vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial.
O Dow Jones caiu 0,61%, aos 43.449,49 pontos; o S&P 500, −0,39%, aos 6.050,61 pontos; e o Nasdaq, −0,32%, aos 20.109,06 pontos.
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