Os índices futuros de Nova York e as bolsas mundiais operam no negativo, nesta manhã de quinta-feira (28), com os investidores repercutindo a escalada dos preços do petróleo e o impasse fiscal nos Estados Unidos. Eles estão atentos, também, à divulgação de mais dados econômicos e ao discurso que o presidente do Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA), Jerome Powell, fará hoje.
Na seara dos dados econômicos, os agentes aguardam os dados de pedidos de seguro-desemprego, vendas de casas e do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA, antes de voltarem a atenção para a última leitura do índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE), prevista para amanhã (29). Este é o dado preferido do Fed para determinar a sua política monetária.
Lembrando ainda que os rendimentos dos títulos do Tesouro americano de 10 anos estão próximos das máximas dos últimos 16 anos. E a semana pode terminar ainda mais agitada pela venda de uma grande posição de opções detidas por um fundo do JPMorgan que vencem nesta sexta-feira.
Na seara política, o impasse vivido na Câmara dos Estados Unidos deve permanecer. É improvável que os deputados cheguem a um acordo de última hora para evitar uma paralisação do governo dos EUA a partir deste fim de semana, segundo a agência Bloomberg.
O presidente da Câmara, Kevin McCarthy, e radicais republicanos estão fazendo grandes exigências para manter aberto o governo de Joe Biden, como a retomada do muro fronteiriço e políticas mais rigorosas de asilo e imigração, fim das ajudas à Ucrânia e outros cortes nos gastos federais.
Na Europa, as ações caem pela sexta sessão consecutiva, com todos os olhos voltados para os dados de inflação da Alemanha.
Por aqui, o Banco Central publicará o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), enquanto a FGV publicará o índice IGP-M de setembro.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (27) em alta, invertendo o sinal negativo que registrou durante boa parte do pregão, puxado pelos ganhos da Petrobras. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,12%, aos 114.327 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a alta do indicador foi impulsionada por papéis dos setores de óleo e gás. As ações da Petrobras, de grande participação no índice, por exemplo, subiram mais de 3% e figuraram entre as maiores altas do pregão, junto aos papéis da PetroReconcavo (+4,61%) e PetroRio (+2,92%).
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar subiu 1,22% frente ao real, cotado a R$ 5,047 na compra e R$ 5,048 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam com baixa, ampliando as perdas da véspera, à medida que os investidores continuam a avaliar a as altas taxas de juros e a saúde da economia global.
Na região, os investidores estarão atentos as leituras preliminares da inflação da Alemanha e da Espanha em setembro.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,60%
DAX (Alemanha), -0,18%
CAC 40 (França), -0,03%
FTSE MIB (Itália), -0,23%
STOXX 600, -0,26%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa, à medida que investidores avaliam o futuro da saúde da economia norte-americana. Eles também estão atentos ao impasse político na Câmara dos EUA, que pode levar à paralisação parcial de serviços do governo dos EUA.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,11%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,06%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,16%
Ásia-Pacífico
As bolsas da Ásia fecharam no vermelho em sua maioria, depois de registarem alguns ganhos ontem, uma vez que um aumento nos rendimentos do Tesouro americano e nos preços do petróleo prejudicou o sentimento dos investidores em Wall Street.
Shanghai SE (China), +0,10%
Nikkei (Japão), -1,54%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,36%
Kospi (Coreia do Sul), fechado por feriado
ASX 200 (Austrália), -0,08%
Petróleo
Os contratos futuros de petróleo nos Estados Unidos atingiram o maior nível em mais de um ano nesta quinta-feira, com a queda nos estoques de petróleo bruto nos Estados Unidos somando-se às preocupações com a oferta global restrita devido aos cortes de produção da Opep+.
Petróleo WTI, +0,16%, a US$ 93,83 o barril
Petróleo Brent, +0,22%, a US$ 96,73 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, as atenções estarão voltadas à divulgação da leitura final do PIB do 2º trimestre nos Estados Unidos, aos pedidos de seguro-desemprego semanal e, sobretudo, ao discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que poderá dar indicações sobre o futuro da política monetária dos EUA.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, lideranças do PT afirmaram ontem (27) que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fechou um acordo com o governo para votar na semana que vem o projeto de lei que prevê a tributação dos fundos offshore – investimentos que os brasileiros mantêm no exterior, sobretudo em paraísos fiscais. A proposta faz parte do pacote do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação e, dessa forma, zerar o déficit das contas públicas no ano que vem. Lira e Haddad, segundo os petistas, devem se reunir nesta quinta-feira (28) para discutir a pauta econômica. Na seara de indicadores, a agenda de hoje tem como destaque o Relatório de Inflação Trimetral (RTI) do Banco Central e o IGP-M de setembro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do InfoMoney e Bloomberg
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