Os índices futuros dos Estados Unidos operam em trajetória positiva, assim como as bolsas europeias, nesta manhã de terça-feira (30), com investidores à espera de dados do relatório Jolts de junho. A expectativa de analistas é de criação de 8,1 milhões de vagas de emprego, o mesmo que em maio. A confiança do consumidor para julho também está programada para ser divulgada.
Mas o grande destaque do dia é o início da reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na tradução para o português) do Fed (Federal Reserve) e o Copom (Comitê de Política Econômica) do Banco Central, que definirão as taxas básicas de juros dos Estados Unidos e do Brasil.
Por lá, os investidores estarão de olho na fala do presidente do banco central estadunidense, Jerome Powell, que poderá sinalizar o momento e o número de cortes de taxas esperados nos próximos meses. Os traders precificam uma chance de 100% para uma redução da taxa de juros em setembro, de acordo com a CME FedWatch Tool.
Os títulos do Tesouro americano caminham para um terceiro mês consecutivo de ganhos, a sequência mais longa em três anos, em meio ao otimismo crescente de que o Federal Reserve começará sua flexibilização monetária em breve.
Na Europa, as ações repercutem a divulgação de dados mistos do PIB (Produto Interno Bruto) das principais economias da zona do euro, levantando dúvidas sobre o ritmo da recuperação econômica.
As commodities zeraram os ganhos deste ano, em meio a uma perspectiva desafiadora na China, uma venda massiva de gás natural nos EUA e perdas em alimentos, o que pesou sobre as matérias-primas.
Por aqui, o governo vai detalhar hoje a contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento deste ano. Com isso, serão conhecidos quais os ministérios atingidos e quanto sairá de cada um deles. As emendas de deputados e senadores também serão cortadas.
Na frente corporativa, investidores repercutem o relatório de produção da Petrobras e resultados da CCR e da Telefônica. Em indicadores, saem os dados de inflação do IGP-M e dos preços ao produtor.
Brasil
O Ibovespa começou a semana em compasso de espera. Com decisões sobre juros dos bancos centrais dos EUA, Brasil, Japão e Reino Unido no radar, os investidores puxaram o freio de mão. A Petrobras, um dos pesos-pesados do indicador, deu a sua contribuição. O resultado foi que o índice fechou a segunda-feira (29) com queda de 0,42% aos 126.953,86 pontos.
Há uma expectativa de alta das taxas de juros do Bank of Japan esta semana, o que ajudou a impulsionar o iene e gerou pressão sobre as moedas de mercados emergentes.
Nos Estados Unidos, as projeções indicam que na reunião que começa esta terça-feira (30) e termina na quarta-feira (31), o Fed (Federal Reserve) vai manter as taxa de juros inalteradas na faixa de 5,25% a 5,50%. Porém, um corte é esperado para setembro, uma vez que indicadores recentes mostraram um arrefecimento da economia e, consequentemente, menos pressões inflacionárias.
O dólar comercial também caiu, com 0,57%, a R$ 5,62. E os DIs (juros futuros) subiram, enquanto a remuneração do Tesouro se aproximou da máxima do ano.
Europa
As bolsas europeias operam majoritariamente com alta, enquanto os investidores se preparam para uma onda de divulgações de dados econômicos e as decisões de bancos centrais que serão cruciais para moldar a trajetória do mercado.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,41%
DAX (Alemanha): +0,31%
CAC 40 (França): +0,38%
FTSE MIB (Itália): +0,26%
STOXX 600: +0,23%
Estados Unidos
Os índices futuros dos Estados Unidos seguem em trajetória positiva, com o início da reunião do Fed no radar e, também, dados corporativos, com Microsoft, Merck, Pfizer, PayPal, Procter & Gamble e JetBlue.
Dow Jones Futuro: +0,05%
S&P 500 Futuro: +0,06%
Nasdaq Futuro: +0,04%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, com investidores demonstrando cautela antes de reuniões dos bancos centrais do Japão, dos EUA e do Reino Unido.
Shanghai SE (China), -0,43%
Nikkei (Japão): +0,15%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,37%
Kospi (Coreia do Sul): -0,99%
ASX 200 (Austrália): -0,46%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com ganhos, após cair quase 2% ontem, já que os investidores pareciam não se abalar com o risco de uma guerra crescente entre Israel e o grupo extremista Hezbollah, apoiado pelo Irã.
Petróleo WTI, -0,13%, a US$ 75,71 o barril
Petróleo Brent, 0,00%, a US$ 79,78 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem dados do relatório Jolts e confiança do consumidor.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, será divulgado no fim da tarde de hoje o Decreto de Programação Orçamentária e Financeira com o detalhamento dos cortes de R$ 15 bilhões. O documento vai trazer quais as pastas afetadas pelos bloqueios de R$ 11,2 bilhões e o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. Na semana passada, o governo confirmou a necessidade de uma contenção de R$ 15 bilhões em verbas de ministérios para levar a projeção de déficit primário do governo central em 2024 a R$ 28,8 bilhões, exatamente o limite inferior da margem de tolerância da meta de déficit zero. Na seara de indicadores, saem o IGP-M de julho, Confiança de Serviços de julho, preços ao produtor de junho. Outro destaque é o início do primeiro dia de reunião do Copom.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg
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