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Índices futuros e bolsas mundiais operam mistas, com investidores avaliando o futuro da política monetária dos EUA

Há, ainda, um aspecto político preocupando investidores: a possibilidade de legisladores não conseguirem evitar uma paralisação do governo dos Estados Unidos, depois que parlamentares do partido Republicano bloquearam pela terceira vez uma votação sobre gastos com defesa.
22/09/2023 | 11h24

As bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos estão em trajetória mista, nesta manhã de sexta-feira (22). Os sinais de resiliência do mercado de trabalho fortalecem as perspectivas de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) pode continuar com sua política monetária restritiva.

Na última quarta-feira (20), o Fed manteve as taxas de juros inalteradas, mas sinalizou que novos aumentos devem acontecer ainda este ano, e que as taxas provavelmente permanecerão elevadas por um período prolongado para controlar a inflação.

Há, ainda, um aspecto político preocupando investidores. Eles estão preocupados com a possibilidade de legisladores não conseguirem evitar uma paralisação do governo dos Estados Unidos. Isso porque os republicanos (partido de oposição ao governo do presidente democrata Joe Biden) bloquearam pela terceira vez uma votação sobre gastos com defesa, aumentando o risco de uma paralisação do governo em apenas 10 dias.

Na avaliação de investidores, a paralisação poderia prejudicar a confiança dos consumidores e desacelerar ainda mais a economia.

Na Ásia, os mercados fecharam mistos, uma vez que o Banco do Japão manteve a sua política monetária inalterada. O banco central japonês manteve as taxas em -0,1% e limitou o rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos em torno de zero.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (21) em queda acelerando as perdas no fim do pregão. O principal índice da Bolsa brasileira despencou 2,15%, aos 116.145 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro,  o índice foi influenciado pelo tombo de diversas ações, como da Magazine Luiza, do Grupo Soma e da construtora MRV, que chegaram a cair mais de 5% ao longo do dia. Além dessas, os bancos viveram um dia de baixas expressivas após a decisão de política monetária do Copom (Comitê de Política Monetária).

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou em alta de 1,10% frente ao real, cotado a R$ 4,93.

Europa

As bolsas da Europa operam mistas, uma vez que a perspectiva de taxas de juros mais altas por períodos mais longos emergiu de uma série de decisões dos principais bancos centrais do mundo.

Das notícias da região, o Banco da Inglaterra (BoE) decidiu manter ontem (21) sua taxa de juros em 5,25% ao ano, interrompendo, assim, uma sequência de 14 aumentos seguidos. Analistas previam um ajuste para cima de 0,25 ponto percentual, o que acabou não ocorrendo.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,34%
DAX (Alemanha), -0,33%
CAC 40 (França), -0,70%
FTSE MIB (Itália), -0,55%
STOXX 600, -0,38%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam mistos nesta sexta-feira, mas caminham para encerrar a semana com fortes perdas em meio a temores de juros mais altos por mais tempo e de paralisação do governo americano.

Os rendimentos dos títulos subiram depois que o Fed previu mais um aumento nas taxas para 2023. O rendimento de referência do Tesouro de dez anos disparou 15 pontos-base para atingir uma alta de 4,498%, seu nível mais alto desde 2007. Enquanto isso, a taxa de dois anos atingiu 5,2%, atingindo o seu nível mais alto desde 2006.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,03%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,14%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,35%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam mistas, com o banco central japonês mantendo as taxas de juros em -0,1% e limitando o rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos em torno de zero.

Shanghai SE (China), +1,55%
Nikkei (Japão), -0,52%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,28%
Kospi (Coreia do Sul), -0,27%
ASX 200 (Austrália), +0,05%

Petróleo

Os preços do petróleo operam no azul, uma vez que as preocupações com a oferta superam os receios de que possíveis aumentos adicionais das taxas de juros nos EUA pudessem prejudicar a procura de combustível.

Petróleo WTI, +0,67%, a US$ 90,23 o barril
Petróleo Brent, +0,46%, a US$ 93,73 o barril

Agenda

A semana termina com a divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos dos setores de serviços e da indústria.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro Benedito Gonçalves, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), votou nesta sexta contra o recurso para derrubar a decisão que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos. O julgamento do caso foi iniciado na madrugada desta sexta-feira no plenário virtual do tribunal. Não há indicadores previstos na agenda de hoje.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do InfoMoney e Bloomberg

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