Os índices futuros de Nova York começam a semana operando no campo positivo, enquanto as bolsas europeias se movimentam mistas, do mesmo modo como fecharam os mercados asiáticos. Nos Estados Unidos, a redução de 0,50 ponto percentual nas taxas de juros mantém o otimismo dos agentes.
Por lá, são aguardadas falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), que podem ajudar a calibrar as apostas futuros sobre os juros. Os agentes também estão à espera da divulgação de dados do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria e de serviços.
No Brasil, a agenda da semana traz indicadores relevantes, como o IPCA-15, e dados do mercado de trabalho no Brasil, com a PNAD Contínua.
Nesta segunda-feira (23), a equipe econômica faz coletiva de imprensa para divulgação do relatório fiscal bimestral de setembro. Representantes da Secretaria de Orçamento Federal, do Tesouro e da Receita Federal estarão presentes em coletiva de imprensa sobre o documento, que foi enviado ao Congresso na sexta-feira passada.
De acordo com nota do Ministério do Planejamento e Orçamento, o relatório bimestral de receitas e despesas apontou uma necessidade de ampliar em R$ 2,1 bilhões o bloqueio de verbas com o objetivo de cumprir o limite de gastos deste ano.
Além disso, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulga dados da Balança comercial e, ainda nesta manhã, o Banco Central apresentará o Boletim Focus, o primeiro após o Copom (Comitê de Política Monetária) ter elevado a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual, na quarta-feira passada (18).
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (20) com baixa de 1,55%, aos 131.065,44 pontos, uma perda de 2.057,23 pontos pontos. Foi a quarta baixa consecutiva do índice que, na semana, fechou em queda de 2,83%.
Em um dia de agenda esvaziada por aqui, os investidores repercutiram a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que subiu os juros na quarta-feira passada.
O comunicado mais duro do Copom preocupa, pois, além de subir a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano, o colegiado deixou em aberto novas altas se a inflação não convergir para a meta.
Diante da perspectiva de novas altas da Selic, os juros futuros disparam e tiram a atratividade da Bolsa.
O dólar comercial, por sua vez, interrompeu uma sequência de sete baixas, para subir 1,78%, a R$ 5,52.
Europa
As bolsas europeias operam mistas, com os investidores repercutindo os dados de atividade empresarial da Alemanha e da França.
A atividade empresarial da Alemanha contraiu em setembro, com o PMI composto preliminar do HCOB caindo de 48,4 em agosto para 47,2 em setembro, uma baixa de sete meses. Já o PMI da França caiu para 47,4, uma baixa de oito meses, ante 53,1 em agosto.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,27%
DAX (Alemanha): +0,33%
CAC 40 (França): -0,30%
FTSE MIB (Itália): -0,07%
STOXX 600: +0,24%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA começam a segunda-feira no positivo, com os agentes do mercado aguardando pela métrica de preço preferencial do Fed (Federal Reserve) e dados sobre gastos e renda pessoal dos EUA para mais pistas sobre a força da economia após o corte de 50 pontos-base na taxa da semana passada.
• Dow Jones Futuro: +0,01%
• S&P 500 Futuro: +0,09%
• Nasdaq Futuro: +0,16%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam com alta em sua maioria, com os investidores repercutindo dados da China que, na última sexta-feira, mostraram que a taxa de desemprego juvenil aumentou pelo segundo mês consecutivo, atingindo seu nível mais alto neste ano.
Apesar dos crescentes apelos por taxas de juros mais baixas, o Banco Popular da China deixou suas principais taxas de juros inalteradas na sexta-feira.
Shanghai SE (China), +0,44%
Nikkei (Japão): +1,53%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,06%
Kospi (Coreia do Sul): +0,33%
ASX 200 (Austrália): -0,69%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com leve alta, com preocupações de que o conflito no Oriente Médio possa afetar a oferta na principal região produtora.
Petróleo WTI, +0,10%, a US$ 71,07 o barril
Petróleo Brent, +0,04%, a US$ 74,54 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, são aguardadas falas de membros do Fed (Federal Reserve) e do índice PMI composto.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, os ministérios do Planejamento e da Fazenda apontaram na sexta-feira que a contenção total de verbas de ministérios para respeitar regras fiscais será reduzida de R$ 15 bilhões para 13,3 bilhões de reais, com ganhos de arrecadação compensando uma alta de gastos obrigatórios. O detalhamento dos órgãos atingidos pela contenção de verbas será feito pelo governo até o fim de setembro. Na agenda de dados macroeconômicos, serão divulgados o Boletim Focus, coletiva de imprensa do relatório bimestral fiscal e dados da Balança comercial.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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