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Os índices futuros dos Estados Unidos operam, em sua maioria, em trajetória positiva, nesta manhã de quarta-feira (29), dia em que os bancos centrais dos EUA e do Brasil anunciam suas decisões sobre os juros. Além disso, hoje os mercados operam com liquidez reduzida devido ao fechamento de bolsas na Ásia devido a feriados locais.

Em relação à decisão sobre os juros, o Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), deve manter as taxas de juros inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, na primeira reunião sob o governo de Donald Trump, que tem pressionada a autoridade monetária para baixar juros.

No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC deve elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto percentual, de 12,25% para 13,25% ao ano.

No âmbito corporativo, segue nos Estados Unidos a temporada de balanços. Hoje, será a vez das big techs, como a Meta Platforms, dona do Facebook, a Microsoft e a Tesla.

Brasil

Ibovespa fechou com baixa de 0,65%, aos 124.055,50 pontos, na terça-feira (28), antes da Superquarta, nesta quarta-feira (29), quando serão anunciadas as decisões sobre os juros nos Estados Unidos e no Brasil.

Na contramão do exterior, que buscou se recuperar do movimento de baixa da véspera, puxado pelas empresas de tecnologia com o advento da chinesa DeepSeek, a Bolsa brasileira foi puxada pela Vale (VALE3), que caiu mais de 2%, e pela liquidez limitada por China com o feriado do “Ano Novo Chinês”. O movimento só não foi pior porque a recuperação das bolsas de Nova York ajudaram a conter as perdas do dia.

O dólar fechou hoje em mais um dia de baixa, desta vez com menos 0,74%, aos R$ 5,8691.

Europa

As bolsas europeias operam majoritariamente em alta, com os investidores avaliando as medidas já anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que podem afetar a região. Também repercutem os balanços corporativos recentemente divulgados.

Os papéis do fabricante holandês de equipamentos semicondutores ASML subiram 11% após a empresa reportar vendas líquidas e lucro melhores do que o esperado no quarto trimestre. As reservas líquidas, um indicador-chave da demanda de pedidos, aumentaram 169% em relação ao trimestre anterior.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,02%
DAX (Alemanha): +0,37%
CAC 40 (França): -0,38%
FTSE MIB (Itália): +0,33%
STOXX 600: +0,47%

Estados Unidos

Os índices futuros avançam hoje, em sua maioria, com os investidores atentos ao grande acontecimento do dia, que será a decisão da política monetária. Além disso, a divulgação de balanços de big techs estará no radar dos agentes.

Dow Jones Futuro: -0,06%
S&P 500 Futuro: +0,14%
Nasdaq Futuro: +0,44%

Ásia

Os mercados asiáticos operam com baixa liquidez como consequência do fechamento do Shanghai SE (China), Hang Seng Index (Hong Kong) e Kospi (Coreia do Sul), devido ao feriado de Ano Novo Lunar.

O destaque do dia na região foi o índice Nikkei, do Japão, que fechou em alta, interrompendo uma sequência de três dias de perdas. A ata da reunião de dezembro do Banco do Japão divulgada nesta quarta mostrou que os membros discutiram taxas de juros neutras.

Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão): +1,02%
Hang Seng Index (Hong Kong):fechado por feriado
Kospi (Coreia do Sul): fechado por feriado
ASX 200 (Austrália): +0,57%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, enquanto os investidores avaliavam o impacto de potenciais tarifas dos EUA sobre as importações canadenses e mexicanas, ao mesmo tempo em que ignoravam um aumento no estoque semanal de petróleo bruto dos EUA.

Petróleo WTI, +0,27%, a US$ 73,97 o barril
Petróleo Brent, +0,10%, a US$ 77,57 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, o destaque nesta quarta-feira é a divulgação da decisão sobre os juros. Também serão divulgadas informações da balança comercial e estoques do atacado.

Por aqui, no Brasil, o Banco Central anunciou que realizará leilão de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) nesta quarta-feira, com oferta total de US$ 2 bilhões. A operação será realizada das 10h20 às 10h25, conforme comunicado da instituição publicado na noite desta terça-feira, e tem o objetivo de rolar linhas que vencerão em 4 de fevereiro. Esta é a segunda intervenção realizada pelo BC este ano, já sob o comando de Gabriel Galípolo. Em 20 de janeiro, data da posse de Donald Trump na Casa Branca e feriado nos Estados Unidos, o BC também ofertou US$ 2 bilhões em linhas.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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