Os índices futuros dos EUA operam majoritariamente em baixa, nesta manhã de segunda-feira (8), com o depoimento do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, no Congresso e os dados de inflação dos EUA no radar dos investidores.
Os investidores estarão de olho no indicador e na fala de Powell, que poderão dar um indicativo dos próximos passos da política monetária estadunidense. A expectativa é que o Fed possa reduzir a taxa de juros na reunião de setembro.
Os resultados dos principais bancos dos EUA, incluindo JPMorgan Chase & Co., também devem ser divulgados esta semana.
Na seara política, o presidente dos EUA, Joe Biden, continua a salvar sua disputada tentativa de reeleição, rechaçando apelos de legisladores democratas para se afastar.
Vários democratas influentes do Congresso americano pediram anonimato ao falarem ontem que querem que Joe Biden desista como candidato do partido à Casa Branca, enquanto o presidente dos EUA entra em uma semana crucial para sua campanha de reeleição.
Na Europa, as bolsas operam em alta nesta manhã, revertendo perdas do começo do pregão, embora o Parlamento da França enfrente a possibilidade de paralisação após a surpreendente vitória da esquerda nas eleições parlamentares do fim de semana.
Ontem (07), a aliança esquerdista da França conquistou o maior número de assentos no segundo turno das eleições legislativas e freou a ascensão da ultradireita, com o apoio do centro.
Entre os principais eventos nesta semana, os investidores vão monitorar no Brasil dados do varejo e da inflação medida pelo IPCA, enquanto nos EUA ganham destaque a inflação CPI e os dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI). Uma série de membros do Fed, incluindo o presidente Jerome Powell, falam ao longo da semana.
Por aqui, a Câmara dos Deputados pode votar a regulamentação da reforma tributária até o fim desta semana, antes do recesso parlamentar, que começa no dia 18. Para acelerar a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou sessão no plenário da Câmara para hoje.
Ainda no Brasil, a agenda de indicadores de hoje tem como destaques o Boletim Focus e o IGP-DI.
Brasil
O Ibovespa encerrou a sexta-feira (5) próxima da estabilidade, com leve alta de 0.08%, aos 126.267 pontos. E, apesar da gritaria do mercado financeiro na semana devido às falas do presidente Lula sobre o Banco Central e Roberto Campos Neto, presidente da autarquia, a Bolsa fechou com valorização semanal de 1,91%.
O índice recuperou o fôlego com a redução da tensão fiscal doméstica, após o presidente Lula demonstrar apoio ao ajuste nas contas públicas que foi anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Foi a terceira semana seguida no azul, algo que não ocorria desde fevereiro deste ano. Detalhe: todos os pregões da semana foram positivos, o que não acontecia desde a semana de 5 a 9 de junho de 2023.
Já o dólar comercial caiu pelo terceiro dia seguido, agora a -0,46%, a R$ 5,46, reforçando o período positivo dos mercados. Além disso, os DIs (juros futuros) terminaram o dia com quedas por toda a curva.
Europa
As ações europeias operam em alta hoje, após início em baixa, enquanto os traders digeriam o resultado inesperado da eleição antecipada da França, com a esquerda liderando as eleições. A Nova Frente Popular de esquerda da França conquistou o maior número de assentos nas eleições parlamentares deste fim de semana, frustrando um aumento esperado para a extrema direita.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,28%
DAX (Alemanha): +0,61%
CAC 40 (França): +0,57%
FTSE MIB (Itália): +0,98%
STOXX 600: +0,46%
Estados Unidos
Os índices futuros dos Estados Unidos operam em trajetória de baixa, em sua maioria, mas mais próximos da estabilidade hoje, com o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho, que será divulgado na quinta-feira (11), no radar dos investidores.
O indicador, mais a fala de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) ao Congresso, podem reforçar expectativas de corte de juros se o número principal mostrar uma ligeira melhoria, como esperado atualmente. Os dados do índice de preços ao produtor (PPI) serão divulgados na sexta-feira.
Dow Jones Futuro: +0,01%
S&P 500 Futuro: -0,04%
Nasdaq Futuro: -0,04%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, enquanto investidores aguardam novos dados de inflação dos EUA e da China e digerem o resultado das eleições legislativas da França.
O índice japonês Nikkei caiu 0,32% em Tóquio, a 40.780,70 pontos, sob o peso de ações de montadoras e eletrônicos, enquanto o Hang Seng recuou 1,55% em Hong Kong, a 17.524,06 pontos, e o sul-coreano Kospi cedeu 0,16% em Seul, a 2.857,76 pontos, interrompendo uma sequência de três pregões positivos.
Shanghai SE (China), -0,93%
Nikkei (Japão): -0,32%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,55%
Kospi (Coreia do Sul): -0,16%
ASX 200 (Austrália): -0,76%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com queda, mesmo com os traders observando ameaças à produção de petróleo bruto representadas por um furacão nos EUA e incêndios florestais no Canadá.
Petróleo WTI, -1,13%, a US$ 82,22 o barril
Petróleo Brent, -0,94%, a US$ 85,73 o barril
Agenda
Na agenda da semana nos Estados Unidos, são aguardados o depoimento do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, no Congresso e os dados de inflação dos EUA.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a Câmara dos Deputados pode votar a regulamentação da reforma tributária até o fim desta semana, antes do recesso parlamentar, que começa no dia 18. Para acelerar a votação, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), convocou sessão no plenário da Câmara para esta segunda-feira (8). A agenda de hoje tem como destaque o Boletim Focus e o IGP-DI.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg
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