Os índices futuros dos EUA operam no campo positivo, nesta manhã de segunda-feira (23), enquanto as bolsas da Europa estão majoritariamente em baixa. Na semana mais curta devido ao feriado de Natal, os agentes estão de olho no campo político, com a posse do presidente eleito, o republicano Donald Trump, se aproximando (20 de janeiro).
No sábado (21), o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou um projeto de lei que assegura o financiamento do governo, evitando uma paralisação. A medida garante recursos para as agências federais nos níveis atuais pelos próximos três meses.
Em dia mais fraco de indicadores, os analistas seguem repercutindo a inflação nos Estados Unidos, medida pelo índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE), divulgado na sexta-feira (20). O indicador registrou alta de apenas 0,1% em novembro na comparação mensal. Na base anual, houve avanço de 2,4%, abaixo da estimativa de 2,5% do mercado, mas ainda acima da meta de 2% estabelecida pelo Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano).
O índice PCE, considerado a medida preferida do Fed para monitorar a inflação, reflete a alta de preços de bens e serviços consumidos por famílias. A leitura mensal também ficou 0,1 ponto percentual abaixo das projeções.
Por tudo isso, a cautela deve prevalecer nesta semana mais curta (as bolsas norte-americanas finalizam os trabalhos nesta terça-feira, 24, às 15h).
No Brasil, na agenda de hoje os destaques são a divulgação do Boletim Focus do Banco Central, que traz a previsão de agentes para indicadores econômicos; os dados do setor de construção; nota à imprensa do setor externo e a balança comercial.
A Bolsa brasileira também terá a semana mais curta, permanecendo fechada nesta terça-feira e na quarta-feira. Os destaques ficarão para sexta-feira (27), dia em que sai a sondagem de serviços e do comércio e apresentação do IGP-M, pela FGV.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) traz o IPCA-15, com expectativa de crescimento de 0,45% na comparação mensal.
O IBGE apresenta também a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e serão conhecidos os dados da pesquisa do Caged, sobre geração de emprego formal.
Brasil
O dólar fechou a sexta-feira (20) com queda de 0,81% e encerrou a semana cotado a R$ 6,0719. Foi o segundo dia consecutivo de baixa da moeda norte-americana.
A ajuda veio de dois leilões de dólares do Banco Central, no total de US$ 7 bilhões, e das falas do presidente Lula (PT), prometendo que “jamais haverá interferência” na gestão de Gabriel Galípolo à frente do BC. O economista assume a presidência do BC em janeiro, no lugar de Roberto Campos Neto.
Já o Ibovespa fechou em alta pelo segundo dia seguido. O principal indicador da Bolsa brasileira encerrou o pregão do dia com avanço de 0,75%, aos 122.102 pontos, ganho de 914,24 pontos.
As declarações de Lula também afetaram os DIs (juros futuros), que fecharam em baixa por toda a curva e com apenas um vértice acima de 15%.
Europa
As bolsas europeias operam majoritariamente em baixa, com os agentes se preparando para uma semana mais curta devido ao feriado de Natal.
Das notícias da região, números revisados do Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido nesta segunda-feira (23) mostram que a economia britânica não conseguiu crescer nos três meses até setembro. Os dados finais mostraram estabilidade (crescimento de 0%) do PIB (Produto Interno Bruto) no trimestre em relação ao trimestre anterior.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,09%
DAX (Alemanha): -0,03%
CAC 40 (França): -0,13%
FTSE MIB (Itália): -0,13%
STOXX 600: +0,13%
Estados Unidos
Os índices futuros dos Estados Unidos sobem nesta segunda-feira. Porém, no acumulado de dezembro, o índice Dow Jones registrou queda de 4,6%, enquanto o S&P 500 recuou 1,7%. Já o Nasdaq Composite, focado em tecnologia, contrariou a tendência de baixa, apresentando uma alta de 1,8% no mês.
Dow Jones Futuro: +0,07%
S&P 500 Futuro: +0,28%
Nasdaq Futuro: +0,45%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com alta, exceto a Bolsa de Xangai, diante da expectativa pelo anúncio oficial relacionado à fusão das montadoras japonesas Honda e Nissan.
As empresas planejam concluir um acordo final em junho de 2025 e estão avaliando a possibilidade de criar uma nova holding até 2026, que seria liderada por um executivo da Honda, informou a NHK.
Segundo a Kyodo News, os presidentes da Honda, Nissan e Mitsubishi notificaram o Ministério da Indústria do Japão sobre o início de negociações para uma fusão. Uma coletiva de imprensa está prevista para ocorrer ainda nesta segunda-feira, conforme o relatório.
Shanghai SE (China), -0,50%
Nikkei (Japão): +1,19%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,82%
Kospi (Coreia do Sul): +1,57%
ASX 200 (Austrália): +1,67%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem após uma queda semanal, enquanto os investidores avaliavam a ameaça de Donald Trump de restabelecer o controle dos EUA sobre o Canal do Panamá.
Petróleo WTI, +0,65%, a US$ 69,91 o barril
Petróleo Brent, +0,55%, a US$ 73,34 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, será divulgado o Índice de Atividade Nacional (CFNAI).
Por aqui, no Brasil, o pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso representa apenas a “primeira leva” de medidas do ajuste fiscal do governo, disse na sexta-feira passada (20) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em café da manhã com jornalistas, ele afirmou que a revisão de despesas será permanente e que decidiu enviar as propostas agora, perto do fim do ano, para reduzir as incertezas em relação ao arcabouço fiscal.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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