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Maioria das bolsas mundiais opera em alta e índices futuros estão mistos após dados do varejo mostrarem economia americana aquecida

Agora, o mercado aguarda os dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), que serão divulgados hoje, em busca de sinais sobre o futuro dos juros dos EUA
16/02/2023 | 11h32

Enquanto a maioria das bolsas mundiais opera em alta nesta manhã de quinta-feira (16), os índices futuros dos EUA operam mistos, com investidores digerindo o relatório de vendas no varejo dos Estados Unidos divulgado na véspera. Os dados mostram que o setor está mais forte do que o esperado, indicando que a economia americana continua aquecida. Agora, o mercado aguarda os dados do Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês), que serão divulgados hoje, em busca de sinais sobre o futuro dos juros dos EUA.

Os dados do varejo reforçaram que o Fed (Federal Reserve) ainda terá muito trabalho pela frente para domar as perspectivas de inflação ainda em patamares elevados, embora distante do pico atingido em meados do ano passado.

Além dos dados do PPI, também serão divulgados hoje os pedidos de seguro-desemprego semanais e o relatório de início de habitação de janeiro.

Na Europa, os mercados operam, em sua maioria, em alta nesta manhã, um dia depois de o FTSE 100, do Reino Unido, ultrapassar a marca de 8.000 pontos pela primeira vez na quarta-feira e fechou em alta de 0,55%, apesar dos mercados globais estarem em declínio.

Por sua vez, na Ásia-Pacífico, grande parte dos mercados fechou no positivo, com exceção da Bolsa da China, com investidores digerindo o déficit comercial recorde do Japão de 3,5 trilhões de ienes (US$ 26 bilhões), aumentando 59% em comparação com os 2,2 trilhões registrados no mesmo período do ano anterior.

Na região, também pesou nos negócios o resultado das vendas no varejo americano mais fortes que o projetado por analistas.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (15) em alta, na medida em que investidores continuam a repercutir uma eventual mudança antecipada das metas de inflação na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), prevista para acontecer amanhã . O principal índice da Bolsa brasileira avançou 1,62%, a 109.600 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores aguardam com cautela as discussões que devem ser feitas nesta quinta-feira (16) em torno das metas de inflação. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já afirmou à imprensa que será preciso aguardar os próximos movimentos para ter uma resposta sobre o tema, ressaltando que a prerrogativa de definir mudanças é do governo. Neste sentido, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também destacou que a revisão da meta de inflação não está na pauta do CMN de amanhã.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar ganhou 0,41% frente ao real, cotado  a R$ 5,219 na compra e R$ 5,220 na venda.

Europa

A maioria das bolsas da Europa opera com alta nesta manhã, com os investidores repercutindo o resultado do FTSE 100, do Reino Unido, que ultrapassou a marca de 8.000 pontos pela primeira vez na véspera e fechou em alta de 0,55%, em uma demonstração de que a economia da região pode estar saindo da fase mais crítica.

Além disso, também influenciou os negócios os dados de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido, publicados ontem. Em janeiro, o indicador subiu para 10,1% na base anual, a terceira queda mensal consecutiva.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,32%
DAX (Alemanha), +0,43%
CAC 40 (França), +0,70%
FTSE MIB (Itália), +0,53%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam mistos nesta manhã, após vendas os dados da venda do varejo dos EUA virem melhores que o esperado, reforçando a perspectiva de que o Fed pode ter muito trabalho pela frente em sua política monetária.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,02%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,01%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,05%

Ásia

A maioria dos mercados da Ásia-Pacífico fechou no positivo. Por lá, os investidores repercutiram dados da região, como o déficit comercial recorde do Japão de 3,5 trilhões de ienes (US$ 26 bilhões), 59% maior em comparação com os 2,2 trilhões registrados no mesmo período do ano anterior, e também o resultado do varejo americano.

Na Austrália, a taxa de desemprego em janeiro aumentou 0,2 pontos percentuais em relação a dezembro de 2022 para 3,7%, acima das expectativas dos economistas de que permaneceria estável em 3,5%.

Shanghai SE (China), -0,96%
Nikkei (Japão), +0,71%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,84%
Kospi (Coreia do Sul), +1,96%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, após a AIE (Agência Internacional de Energia) projetar um aumento da demanda por petróleo geral, mas principalmente da China. Para este ano, estão previstos crescimento da ordem de 2 milhões de barris por dia (bpd).

Petróleo WTI, +0,43%, a US$ 78,93 o barril
Petróleo Brent, +0,23%, a US$ 85,60 o barril

Agenda

Nos EUA, sai hoje o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês). A média das projeções do mercado prevê alta mensal de 0,4% e anual de 5,4%. Também é aguardada a divulgado dos pedidos de seguro-desemprego semanal, com o consenso Refinitiv projetando 200 mil solicitações no período.

Por aqui, no Brasil, a agenda do dia traz como evento mais importante a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), a primeira da gestão Lula. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou ontem que a discussão sobre metas de inflação não está na pauta da reunião. O Conselho é formado por Haddad, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Também será divulgado hoje o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), referente ao mês de dezembro. O consenso Refinitiv aponta para alta de 0,10% na comparação com o mês anterior.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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