Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo positivo, nesta quinta-feira (1), após presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, sinalizar que o corte de juros na próxima reunião, em setembro, “está na mesa”, mas a decisão vai depender do caminhar da inflação e do mercado de trabalho.
Além disso, os investidores estadunidenses repercutem os últimos resultados corporativos, incluindo os fortes dados da Meta Platforms. A empresa reportou vendas melhores do que o esperado no segundo trimestre, indicando que os investimentos em inteligência artificial estão ajudando a vender anúncios mais direcionados. O avanço está dando ao CEO Mark Zuckerberg mais tempo para provar que suas apostas no metaverso e em IA valem a pena.
As ações europeias, por sua vez, caem hoje em meio a uma série de balanços abaixo do esperado, apagando grande parte dos ganhos impulsionados pelo setor de tecnologia na sessão anterior.
Por aqui, o Banco Central manteve a Selic estável em 10,50% pela segunda vez seguida, em nova decisão unânime. Apesar de incluir elementos de maior cautela, como esperado, a avaliação é de que a comunicação do Copom foi menos dura do que as expectativas do mercado.
Já o Congresso Nacional retoma os trabalhos nesta quinta-feira, após recesso parlamentar.
Na frente de dados, sai o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria do mês de julho.
Brasil
O assunto do dia foi o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que manteve as taxas de juros inalteradas por lá, sinalizando que um possível corte na reunião de setembro “está na mesa”. Isso já era sabido pelo mercado, mas, ainda assim, o Ibovespa pegou o embalo de várias frentes e fechou esta “Super Quarta” com alta de 1,20%, aos 127.651 pontos. Em julho, o principal indicador da Bolsa brasileira acumula ganhos de 3,02%, no segundo mês seguido no azul (+1,48% em junho).
Muitos fatores contribuíram ontem. A decisão do Fed, claro, trouxe alívio após dois dias de aversão a riscos. O mercado externo surfou numa onda positiva, ajudando o mercado daqui.
Mas, antes mesmo da decisão da autoridade monetária estadunidense, a Bolsa brasileira já se movimentava no campo positivo. O mercado acordou com a notícia de que o BoJ (banco central japonês) subiu os juros, já prevendo novos aumentos. Depois, resultados corporativos de grandes empresas nos EUA, como AMD e Microsoft, deram uma força.
O dólar comercial acabou o dia com alta de 0,66%, a R$ 5,65. Os DIs (juros futuros) terminaram com baixas.
Europa
As bolsas europeias caem hoje, em meio a uma série de balanços abaixo do esperado, apagando grande parte dos ganhos impulsionados pelo setor de tecnologia na sessão anterior.
Hoje, os investidores aguardam a decisão sobre os juros do Banco da Inglaterra (BoE).
FTSE 100 (Reino Unido):-0,17%
DAX (Alemanha)-0,98%
CAC 40 (França): -1,04%
FTSE MIB (Itália): -0,17%
STOXX 600: -0,44%
Estados Unidos
Os índices futuros dos Estados Unidos operam em trajetória positiva, após resultados corporativos fortes de gigantes de tecnologia Apple e Amazon após o fechamento dos mercados.
Na frente econômica, os investidores aguardam para hoje os dados de pedidos de auxílio-desemprego, gastos com construção para junho e dados de manufatura do ISM para julho. O principal evento para o restante da semana será o relatório de empregos (payroll) de julho nesta sexta-feira (2).
Dow Jones Futuro: +0,03%
S&P 500 Futuro: +0,30%
Nasdaq Futuro:+0,43%
Ásia
Os mercados da Ásia fecharam sem direção única, com destaque para o índice Nikkei, de Tóquio. O indicador caiu 2,49% em Tóquio, a 38.126,33 pontos, pressionado por ações dos setores imobiliário e automotivo à medida que o iene saltou ante o dólar após a elevação de juros anunciada pelo Banco do Japão (BoJ) ontem (31).
Shanghai SE (China), -0,22%
Nikkei (Japão): -2,49%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,23%
Kospi (Coreia do Sul): +0,25%
ASX 200 (Austrália): +0,28%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com alta, estendendo os fortes ganhos da sessão anterior, após o assassinato de um líder do Hamas no Irã ter levantado a ameaça de um conflito mais amplo no Oriente Médio e devido aos sinais de forte demanda por petróleo nos EUA.
Petróleo WTI, +0,73%, a US$ 78,48 o barril
Petróleo Brent, +0,66%, a US$ 80,76 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem hoje os dados de pedidos de auxílio-desemprego, gastos com construção para junho e dados de manufatura do ISM para julho.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, O Comitê de Política Monetária (Copom) tomou a decisão esperada, de manutenção da Selic em 10,50% ao ano. E também conservou o tom mais duro (“hawk”) de última reunião. Mas economistas alertaram que pode ter faltado uma sinalização mais firme por parte da autoridade monetária de que ela poderá agir do lado mais contracionista, subindo os juros, caso as expectativas de inflação piorem ainda mais. Os destaques de hoje da agenda são a volta do Congresso Nacional do recesso de julho e dados do PMI de indústria de julho.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg
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