As bolsas da Europa operam, em sua maioria, em alta, enquanto os índices futuros dos EUA se movimentam próximos da estabilidade, nesta manhã de segunda-feira (23), com os investidores aguardando mais dados econômicos que possam sinalizar os caminhos que os bancos centrais tomarão em relação às políticas monetárias. Por sua vez, na Ásia, devido a feriados regionais, a maioria dos mercados permaneceu fechada hoje.
Os investidores avaliam que o Fed (Federal Reserve) pode desacelerar o ritmo do aumento dos juros para combater a inflação, uma vez que os dados econômicos divulgados na semana passada indicaram um esfriamento de preços do atacado e varejo.
Além disso, na sexta-feira passada (20), o governador do Fed, Christopher Waller, deu indícios de que o banco central americano pode reduzir o ritmo de aumento dos juros, sinalizando para um reajuste de 0,25 ponto percentual na reunião de 1º de fevereiro. Na opinião dele, as taxas já estão altas o bastante para desacelerar a economia. Na última reunião, em dezembro, o Fed reduziu para 0,50 ponto percentual o aumento dos juros.
Nesta semana, o destaque vai para a divulgação dos balanços de grandes empresas de tecnologia, como Microsoft e a Tesla. Essas informações são consideradas um termômetro da saúde da economia americana pelo mercado.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (20) em queda, em dia marcado pelo vencimento de opções sobre ações. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,78%, a 112.040 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a fala do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de que o governo não tem nenhuma pré-disposição de fazer mudanças no Banco do Brasil tranquilizou os investidores.
Na agenda corporativa, a Americanas ainda segue em foco. Nesta quinta, a B3 informou a saída das ações da empresa de seus índices depois do pedido de recuperação judicial, com dívidas de R$ 43 bilhões.
Nas negociações do dia, o dólar ganhou 0,72% frente ao real, negociado a R$ 5,207 na compra e a R$ 5,208 na venda.
Europa
A maioria das bolsas da Europa operam em alta nesta manhã de segunda-feira, com investidores da região reavaliando as perspectivas econômicas. Chamou a atenção dos agentes, na sexta-feira passada, o discurso da diretora administrativa do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgiev, no Fórum Econômico Mundial. Ela disse que as perspectivas econômicas globais não são tão ruins quanto se temia há alguns meses – “mas, menos ruim, ainda não significa bom”. Ela também disse que “temos que ser cautelosos”.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,19%
DAX (Alemanha), +0,08%
CAC 40 (França), -0,08%
FTSE MIB (Itália), -0,24%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam perto da estabilidade nesta manhã, enquanto investidores avaliam os próximos movimentos do Fed e se preparam para uma semana cheia de balanços.
Na semana passada, os resultados corporativos divulgados jogaram um balde de água fria no ânimo dos investidores. A Netflix, por exemplo, reportou queda de 90% nos lucros, apesar de ter mostrado crescimento no número de assinantes, que veio acima do esperado.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,08%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,03%
Nasdaq Futuro (EUA), 0,00%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam com baixa, com a maioria dos mercados fechada para o feriado do Ano-Novo Lunar. Os mercados em Xangai permanecerão fechados durante toda a semana.
O destaque da região vai para o índice Nikkei, do Japão, que subiu 1,1%, para 26.852,85 pontos, e o S&P/ASX 200, da Austrália, que registrou alta de 0,1%, para 7.456,90.
Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão), +1,33%
Hang Seng Index (Hong Kong), fechado por feriado
Kospi (Coreia do Sul), fechado por feriado
Petróleo
Os preços do petróleo operam em movimento de baixa devido ao feriado do Ano-Novo Lunar no leste da Ásia.
Petróleo WTI, -0,18%, a US$ 81,49 o barril
Petróleo Brent, -0,19%, a US$ 87,46 o barril
Agenda
Agenda internacional de dados econômicos esvaziada nesta manhã, mas, ao longo da semana, são aguardadas importantes informações sobre a saúde da economia americana. A expectativa é que os Estados Unidos, na quinta-feira (26), atinja o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões. No mesmo dia, sai a primeira leitura do PIB (Produto Interno Bruto) americano do quarto trimestre de 2022. O consenso Refinitiv aponta para um crescimento de 2,6%. Caso o número se confirme, significa que a economia dos EUA continuou crescendo mesmo sob o efeito de juros mais altos para conter a escalada da inflação. Também saem os índices de gerentes de compras (PMI) do setor industrial e de serviços e resultados corporativos de big techs.
Por aqui, no Brasil, aa seara política, os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Argentina, Alberto Fernández, confirmaram a intenção de criar uma moeda comum sul-americana para transações, tanto comerciais quanto financeiras. No âmbito econômico, será divulgado hoje o IPC-S semanal e o Boletim Focus. Amanhã (24), será divulgado o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) referente a janeiro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
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