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Índices futuros operam sem direção definida com o mercado na expectativa da divulgação da inflação dos EUA na 3ª feira

O Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) será divulgado amanhã, e o consenso Refinitiv prevê que o indicador tenha avançado 0,4% em janeiro na comparação com dezembro, com alta de 6,2% na base anual
13/02/2023 | 11h34

As bolsas da Europa operam em alta nesta manhã de segunda-feira (13), enquanto os índices futuros estão mistos, com os investidores à espera da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), nesta terça-feira (14). O consenso Refinitiv prevê que o indicador tenha avançado 0,4% em janeiro na comparação com dezembro, com alta de 6,2% na base anual.

A inflação é o termômetro mais importante usado pelo Fed (Federal Reserve) para definir o futuro da política monetária americana. Declarações recentes de membros da autoridade monetária apontam que ainda não é possível vislumbrar um recuo nos juros, pois a inflação ainda não está totalmente sob controle.

Outra fonte de preocupação dos investidores é o estremecimento das relações entre EUA e China, que vem ganhando novos contornos à medida que o governo americano tem entendido como provocações alguns incidentes provocados pelos chineses. Os americanos derrubaram no domingo (12) mais um objeto voador não identificado, dessa vez sobre o Lago Huron, perto da fronteira com o Canadá. Esse é o quarto incidente do tipo desde o dia 4 de fevereiro.

No início deste mês, um balão atravessou a América do Norte, chamando a atenção global e provocando um impasse diplomático entre os dois países.

Sobre esses acontecimentos, a China declarou hoje que balões de alta altitude dos EUA sobrevoaram seu espaço aéreo sem permissão mais de 10 vezes desde o início de janeiro de 2022.

A escalada de tensão entre as duas maiores economias do mundo tem deixado os investidores em estado de alerta, devido ao potencial de poderem afetar os rumos econômicos no futuro.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (10) em leve alta, com investidores repercutindo os rumores de que a equipe econômica avalia uma revisão antecipada das metas de inflação do país e atentos ao temor sobre uma maior influência do governo no Banco Central. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,07%, a 108.078 pontos.

Segundo analistas do  mercado financeiro, o principal destaque desta sexta-feira ficou com o noticiário corporativo – com um peso adicional para os papéis do Bradesco. Em seu balanço divulgado ontem, o banco registrou um lucro líquido contábil de R$ 1,437 bilhões no quarto trimestre de 2022 – no pior resultado trimestral em mais de 15 anos. Em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 3,170 bilhões), o lucro caiu 54,7%.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou em queda de 1,08%, cotado a R$ 5,221 na compra e a R$ 5,222 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam em alta nesta manhã, com os investidores na expectativa da divulgação dos dados da inflação ao consumidor dos EUA amanhã. Das notícias da região, o destaque é o relatório trimestral da Comissão Europeia sinalizou que o pico na inflação na zona do euro ficou para trás. Houve um leve corte das projeções das altas de preços para 2023 e 2024, assim como a elevação da projeção de PIB deste ano de 0,3% para 0,9%.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,24%
DAX (Alemanha), +0,20%
CAC 40 (França), +0,39%
FTSE MIB (Itália), +0,27%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam mistos nesta manhã, após o S&P 500 e o Nasdaq registrarem suas piores semanas desde dezembro, com perdas de 1,11% e 2,41%, respectivamente. Os investidores estão na expectativa dos dados da inflação ao consumidor dos EUA amanhã e o quanto isso pode impactar o futuro da política monetária do Fed.

Além disso, continua a temporada de resultados continua com números da Coca-Cola, Marriott, Cisco, Marathon e Paramount.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,09%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,05%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,13%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam no negativo, com investidores aguardando uma semana de divulgações de dados econômicos cruciais, incluindo a inflação ao consumidor nos Estados Unidos. Na região, o Japão divulga amanhã seu PIB (Produto Interno Bruto), com economistas prevendo crescimento de 2% no quarto trimestre em comparação com o ano anterior e 0,5% trimestralmente.

Ademais, é aguardada com muita expectativa a nomeação do próximo governador do Banco do Japão, que também deve ser anunciada ao parlamento na terça-feira.

Shanghai SE (China), +0,72%
Nikkei (Japão), -0,88%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,12%
Kospi (Coreia do Sul), -0,69%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em queda nesta segunda-feira, após alta da última sessão, com investidores preocupados com a demanda da commodity, depois do corte na produção russa e manutenções em refinarias na Ásia e nos Estados Unidos.

Petróleo WTI, -1,09%, a US$ 78,84 o barril
Petróleo Brent, -0,97%, a US$ 85,55 o barril

Agenda

Agenda internacional esvaziada nesta segunda-feira, mas, ao longo da semana, estão previstos vários indicadores importantes, com destaque para o Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), a ser divulgado na terça-feira (14). Já na quinta-feira (16), sai o Índice de Preços ao Produtor (PPI) na sigla em inglês. A média das projeções do mercado prevê alta mensal de 0,4% e anual de 5,4%.

Além dos índices de inflação, estão previstos mais dois indicadores econômicos. As vendas no varejo e a produção industrial de janeiro serão divulgamos na quarta-feira (15). Para o varejo, o consenso Refinitiv prevê alta mensal de 1,6%.  Para a produção industrial, alta de 0,5%.

Por aqui, no Brasil, é aguardada com muita expectativa a entrevista do presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, nesta segunda-feira à noite ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Neto está no meio de uma celeuma com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem feito críticas contundentes à atual taxa básica de juros (Selic). Ainda hoje, ele também tem reunião com dirigentes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e instituições financeiras. Em relação a dados econômicos, a agenda brasileira está esvaziada esta semana. Para hoje, é aguardado o Boletim Focus, com projeções dos agentes do mercado financeiro para a economia. No campo corporativo, saem os números do Banco do Brasil (BBAS3) após o fechamento do pregão. Último “bancão” a divulgar números, o BB deve reportar lucro líquido de R$ 8,073 bilhões, alta de 36,13% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com o consenso Refinitiv.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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