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Índices futuros no positivo em semana marcada por decisões sobre os juros no Brasil, EUA, Japão e Reino Unido

Nesta segunda-feira, os destaques do Brasil são as estatísticas fiscais do mês de junho publicadas pelo Banco Central e o Boletim Focus, com projeções do mercado financeiro para a economia.
29/07/2024 | 11h17

Os índices futuros de Nova York sobem, nesta manhã de segunda-feira (29), em semana marcada por decisão dos juros no Brasil, nos Estados Unidos, no Japão e no Reino Unido. As três primeiras serão anunciadas na quarta-feira (31), enquanto a última será divulgada na quinta-feira (1º/8).

Na “Super Quarta”, a expectativa do mercado é de que o Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na tradução para o português) mantenha a taxa no mesmo intervalo, em 5,25% – 5,5%. Mas há uma expectativa de que a autoridade monetária norte-americana inicie o corte dos juros em setembro, diante dos últimos dados macroeconômicos, que mostram um arrefecimento da economia. No Brasil, a expectativa também é de manutenção dos juros na atual faixa de 10,50% ao ano.

De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, as apostas indicam probabilidade de 87,7% de um corte na reunião que acontecerá em 18 de setembro.

As ações europeias, por sua vez, também sobem hoje após uma forte sessão asiática, sinalizando um crescente otimismo antes das decisões de juros dos principais bancos centrais e dos resultados de grandes empresas de tecnologia.

No campo corporativo, a temporada de balanços segue a todo vapor. Ao longo da semana serão divulgados os balanços de empresas como Apple, Amazon e Microsoft, após uma queda nas ações provocada por um início decepcionante da safra de resultados do segundo trimestre para as grandes empresas de tecnologia.

Aqui na região, todos os olhos se voltam para a eleição presidencial na Venezuela. A oposição rejeitou a decisão da autoridade eleitoral, que apontou que Nicolás Maduro foi reeleito presidente do país e pediu a intervenção dos militares. Os EUA e alguns vizinhos latino-americanos também manifestaram preocupação com o resultado oficial.

Voltando ao Brasil, nesta segunda-feira, os destaques são as estatísticas fiscais do mês de junho publicadas pelo Banco Central e o Boletim Focus, com projeções do mercado financeiro para a economia.

No campo corporativo, após o fechamento do mercado, a Petrobras (PETR4) divulgará relatório de produção e vendas do segundo trimestre.

Brasil

Depois de três dias fechando no negativo, o Ibovespa fechou a sexta-feira (26) com uma alta considerável de 1,22%, aos 127.492 pontos, o maior avanço em um só dia desde a alta de 1,36% de 27 de junho último.

Porém, a alta de sexta não impediu que o principal indicador da Bolsa brasileira fechasse a semana no vermelho, com perda acumulada de 0,10%.

O principal acontecimento do dia foi a divulgação do relatório do índice de preços de consumo pessoal nos EUA, o PCE, indicador de inflação preferido do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), que veio estável em junho na comparação a maio, dentro do esperado por analistas.

Já o dólar comercial voltou a subir, com aumento de 0,18%, a R$ 5,65. E os DIs (juros futuros) recuaram por toda a curva.

Europa

As bolsas europeias operam com alta em sua maioria, com os investidores ainda repercutindo os dados de inflação dos EUA, divulgados na sexta-feira passada, e aguardam outra semana movimentada de lucros e reuniões de bancos centrais.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,91%

DAX (Alemanha): +0,26%

CAC 40 (França): -0,14%

FTSE MIB (Itália): +0,21%

STOXX 600: +0,38%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York se movimentam em trajetória positiva hoje. Além da decisão de juros, estão no radar dos investidores dados do mercado de trabalho. Também em foco esta semana estão os resultados de Apple, Amazon e Microsoft após uma derrocada das ações desencadeada por um início abaixo do esperado na temporada de balanços de empresas de megacapitalização de tecnologia.

Dow Jones Futuro: +0,27%

S&P 500 Futuro: +0,28%

Nasdaq Futuro: +0,45%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, também repercutindo os dados de inflação dos EUA reforçarem expectativas de cortes nos juros básicos americanos nos próximos meses, impulsionando Wall Street no fim da semana passada.

Na quarta-feira, o Banco do Japão (BoJ) anuncia sua decisão de política monetária, com expectativa de que o BC japonês volte a elevar juros e reduza compras de títulos federais, conhecidos como JGBs.

Shanghai SE (China), +0,03%

Nikkei (Japão): +2,13%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,28%

Kospi (Coreia do Sul): +1,23%

ASX 200 (Austrália): +0,83%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta, reduzindo as perdas da semana passada, devido aos temores de um conflito crescente no Oriente Médio após um ataque com foguetes nas Colinas de Golã ocupadas por Israel, que Israel e os EUA atribuíram ao grupo armado libanês Hezbollah.

Petróleo WTI, -0,35%, a US$ 76,89 o barril

Petróleo Brent, -0,27%, a US$ 80,91 o barril

Agenda

Hoje, a agenda externa está esvaziada de indicadores macroeconômicos. Mas, nesta terça-feira (30), saem o relatório de ofertas de emprego JOLTs, na quarta (31), a pesquisa de variação de empregos privados ADP, na quinta-feira (1º) e, finalmente, na sexta (2), o payroll (folha de pagamento), que trarão todo o panorama do emprego nos EUA.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem (28), em pronunciamento à nação pela TV, que não abrirá mão da responsabilidade fiscal. Ele fez um balanço de seu um ano e meio de seu mandato. Lula fez comparações com a gestão anterior, de Jair Bolsonaro (PL), sem citar o nome do ex-presidente, e listou avanços na economia, comércio exterior e cidadania. O petista também aproveitou para afirmar que tem compromisso com a responsabilidade fiscal, comentando que aprendeu com sua mãe, Dona Lindu, a não gastar mais do que ganha. Na seara de indicadores, saem hoje o Boletim Focus e Estatísticas fiscais de junho, ambos divulgados pelo Banco Central.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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