Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo positivo, nesta manhã de sexta-feira (26), dia de divulgação do Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês). O indicador é o favorito do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para balizar a política monetária do país.
De acordo com consenso LSEG, o indicador deve trazer alta de 0,10%. Isso faria com que a inflação acumulada permanecesse no patamar atual de 2,5% em 12 meses. A meta do Fed para a inflação é de 2%, portanto, se os prognósticos forem confirmados, pode haver início de corte nas taxas de juros por lá na reunião de setembro.
A propósito disso, na próxima semana haverá a “Super Quarta”, com reuniões dos bancos centrais no Brasil e nos Estados Unidos com decisões sobre política monetária.
Na Europa, os mercados operam majoritariamente em alta, com a liquidação global de ações diminuindo e os investidores aguardando os dados de inflação dos EUA.
Por aqui, um texto aprovado sobre a tributação global será divulgado ao fim da terceira reunião de ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, nesta sexta-feira (26). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que constará um reconhecimento de que é necessário aprofundar discussões sobre a taxação dos super-ricos.
Também sai hoje o resultado do mês de junho do Governo Central, que inclui Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central. A expectativa do consenso LSEG é de déficit de R$ 37,4 bilhões.
No âmbito corporativo, investidores vão repercutir hoje os resultados da mineradora Vale (VALE3), que lucrou acima das expectativas no segundo trimestre. Já a Usiminas (USIM5) divulgará seus números trimestrais antes da abertura do mercado.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (25) em baixa de 0,37%, aos 122.954 pontos, repercutindo a prévia de inflação no Brasil e a primeira leitura do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre dos Estados Unidos. Foi o terceiro dia de queda seguida do principal indicador da B3.
Por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o IPCA-15, a prévia da inflação, que avançou 0,30% em julho, mostrando desaceleração em relação ao mês anterior.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. Apenas o grupo de Alimentação e bebidas (-0,44%) e o de Vestuário (-0,08%) apresentaram variação negativa. O indicador foi puxado pelo setor de Transportes.
O dólar comercial recuou 0,16%, a R$ 5,64, longe da mínima do dia (de R$ 5,61).
Europa
As bolsas europeias operam em trajetória positiva, com a liquidação global de ações diminuindo e os investidores aguardando um relatório da inflação dos EUA.
Na temporada de balanços, os resultados da Mercedes-Benz Group AG despencaram 19% no segundo trimestre, com as vendas de seus veículos elétricos de passageiros caindo drasticamente e a demanda na China enfraquecendo. Já o NatWest subiu até 7% depois que o banco britânico informou que seu lucro operacional antes de impostos caiu menos do que o esperado no primeiro semestre do ano.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,60%
DAX (Alemanha): -0,04%
CAC 40 (França): +0,53%
FTSE MIB (Itália): -0,20%
STOXX 600: +0,26%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York operam no campo positivo. A queda nas ações liderada por empresas de tecnologia deram uma pausa nesta sexta-feira (26), enquanto os investidores aguardam dados importantes de inflação nos EUA para obter pistas sobre quando o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) vai começar a cortar os juros.
Dow Jones Futuro: +0,47%
S&P 500 Futuro: +0,78%
Nasdaq Futuro: +1,10%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente com alta, à medida que um movimento de liquidação de ações em Wall Street perdeu força ontem, enquanto o de Tóquio estendeu perdas recentes com a perspectiva de mais aperto monetário no Japão.
Shanghai SE (China), +0,14%
Nikkei (Japão): -0,53%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,10%
Kospi (Coreia do Sul): +0,78%
ASX 200 (Austrália): +0,76%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com perdas, com preocupações com as fracas condições econômicas nas maiores economias da Ásia, China e Japão.
Petróleo WTI, -0,40%, a US$ 77,97 o barril
Petróleo Brent, -0,38%, a US$ 82,06 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, sai hoje o deflator do PCE, que indica a temperatura atual da inflação no país. De acordo com consenso LSEG, o indicador deve trazer alta de 0,10%.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, uma declaração tributária assinada pela presidência brasileira do G20, contemplando a taxação dos chamados super ricos, será divulgada nesta sexta, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele falou a jornalistas após a reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do grupo das 20 maiores economias do mundo, que acontece no Rio de Janeiro. Segundo Haddad, a declaração dos membros do G20 sobre a cooperação tributária já é de conhecimento de todos os ministros e foi “aclamada”. Ele disse, porém, que ninguém quer divulgar um documento que ainda pode passar por revisão de ordem técnica ou de redação. Na frente de dados, sai hoje o resultado do governo central, com projeção LSEG de déficit de R$ 37,4 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg
Deixe um comentário