Os índices futuros e as bolsas europeias começam a semana em trajetória positiva, após dias intensos nos Estados Unidos com a vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais estadunidenses e com decisões da política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e do Banco da Inglaterra.
Além disso, a semana passada terminou com recordes dos principais indicadores dos Estados Unidos, impulsionados não só pelo resultado da eleição e da decisão do Fed, mas também em decorrência da temporada de balanços corporativos.
Agora, as atenções dos investidores se voltam para os dados de inflação da maior economia do mundo.
Na quarta-feira (13), será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (CPI), a inflação ao consumidor estadunidense, e fornecerá pistas sobre o rumo da política monetária. No dia seguinte (14/11), sai o Índice de Preços ao Produtor (PPI), que deve indicar pressões inflacionárias vindas do setor produtivo. Neste último dia também está prevista fala do presidente do Fed, Jerome Powell.
Por aqui, as atenções continuam na divulgação do pacote de corte de gastos do governo federal.
Nesta segunda-feira (11), os destaques são a divulgação do relatório Focus, o resultado do setor público consolidado em setembro e, na safra de balanços, a apresentação dos dados de Itausa (ITSA4).
Amanhã (12), será divulgada a ata da reunião da semana passada do Copom (Comitê de Política Monetária) do Bando Central.
Brasil
O Ibovespa apresentou perda de 1,43% na sexta (8), aos 127.829,80 pontos, uma baixa de 1.851,90 pontos, depois de chegar a cair mais de 2%, no recuo mais amplo desde setembro de 2023. A semana terminou negativa em 0,23%, a terceira seguida no vermelho – as duas anteriores perderam 0,46% e 1,36%.
Três motivos levaram à queda do Ibovespa nesta sexta. Um deles foi a China, cujo apoio fiscal não empolgou. Autoridades chinesas anunciaram um programa de US$ 1,4 trilhão, ou ¥ 10 trilhões, para refinanciar a dívida dos governos locais – números que, aparentemente, não impressionaram os mercados sobre esse nova tentativa de apoiar a segunda maior economia do mundo e fazem o minério cair, o que também afeta o real.
Outro motivo que afetou o Ibovespa foi a demora e consequente frustração do mercado pelo anúncio adiado das medidas de corte de gastos por parte do governo brasileiro. E, finalmente, o IPCA de outubro, que veio mais forte do que esperavam os especialistas.
Com isso, o dólar comercial também disparou, chegando a subir quase 2%, para então desacelerar e fechar com mais 1,09%, a R$ 5,73.
Europa
As bolsas europeias começaram a semana em alta, com os investidores ainda digerindo a vitória eleitoral de Donald Trump e os cortes nas taxas de juros pelo Fed e pelo Banco da Inglaterra.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,76%
DAX (Alemanha): +1,17%
CAC 40 (França): +1,03%
FTSE MIB (Itália): +0,95%
STOXX 600: +1,04%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA estão no positivo hoje, após o S&P 500 encerrou a semana passada com alta de 4,66%, enquanto o Dow subiu 4,61%. Os dois indicadores registraram seu melhor desempenho semanal desde novembro de 2023. O Nasdaq superou esses resultados, avançando 5,74%.
Isso porque investidores tendem a ver governos republicanos como mais favoráveis devido à expectativa de desregulamentação e cortes de impostos. No entanto, o elevado déficit federal e o aumento de tarifas geram preocupações com a inflação.
Dow Jones Futuro: +0,21%
S&P 500 Futuro: +0,32%
Nasdaq Futuro: +0,43%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam mistas depois que o anúncio das medidas de estímulo da China decepcionaram os investidores, gerando preocupações sobre a recuperação da segunda maior economia do mundo.
Shanghai SE (China), +0,51%
Nikkei (Japão): +0,08%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,45%
Kospi (Coreia do Sul): -1,15%
ASX 200 (Austrália): -0,35%
Petróleo
Os preços do petróleo operam no campo positivo, enquanto agentes do mercado de energia monitoram a ameaça de interrupção do fornecimento devido a uma tempestade nos EUA.
Petróleo WTI, +0,10%, a US$ 70,45 o barril
Petróleo Brent, +0,26%, a US$ 74,05 o barril
Agenda
Agenda internacional esvaziada hoje.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a equipe econômica e outros ministros sobre o pacote de cortes de gastos foi realizada na sexta-feira passada sem que nada tenha sido oficialmente anunciado. Mais cedo na semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia afirmado que a maior parte dos membros do governo que participam das discussões haviam convergido sobre a necessidade do conjunto de medidas e que haviam apenas dois “detalhes” para serem fechados, antes de o pacote ser apresentado aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Na seara de indicadores, nesta segunda-feira os destaques são a divulgação do relatório Focus, o resultado do setor público consolidado em setembro e, na safra de balanços, a apresentação dos dados de Itausa (ITSA4).
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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