Na volta do feriado de Ação de Graças, os índices futuros começam a sexta-feira (29) em movimento positivo, em dia de baixa liquidez nos Estados Unidos, quando os mercados fecham mais cedo (às 15h). Por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pnad Contínua (outubro).
Voltando aos Estados Unidos, por lá, os ativos caminham para fechar a semana no positivo. O Dow Jones acumula alta de mais de 7% em novembro, caminhando para registrar seu maior ganho mensal de 2024. O S&P 500 e o Nasdaq também apresentam fortes desempenhos, com avanços superiores a 5% cada.
Na Zona do Euro, a principal divulgação será o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de novembro.
No Brasil, além da Pnad Contínua, saem o Balanço Orçamentário de outubro e Indicador de Incerteza da Economia Brasil de novembro.
Brasil
Na quinta-feira (28), o Ibovespa desabou 2,40%, aos 124.610,41 pontos, queda de 3.058,20 pontos. É a maior queda em um só dia desde 2 de maio de 2023, quando desceu os mesmos 2,40%. Anteontem (27), o principal indicador da Bolsa havia caído 1,73%.
Já o dólar disparou com alta de 1,30%, a R$ 5,989, renovando o recorde nominal (quando descontada a inflação). Na máxima do dia, o recorde foi de R$ 6.003, maior valor nominal da história.
Os DIs (juros futuros) aceleraram de novo e subiram por toda a curva, com a maioria dos vértices acrescentando mais 2%, como ontem, às taxas.
Por dois dias seguidos, o mercado financeiro brasileiro reagiu com nervosismo exagerado ao anúncio do pacote de corte de gastos do governo do presidente Lula (PT).
Balanço Orçamentário (outubro) Taxa de desemprego
10h15 – Indicador de Incerteza da Economia Brasil (novembro)
Europa
As bolsas europeias operam mistas, com as atenções dos investidores voltadas à divulgação de dados de inflação da zona do euro. Economistas projetam uma inflação geral de 2,3% em novembro, acima dos 2,0% registrados em outubro.
Mas, após a inflação na Alemanha surpreender com uma leitura mais moderada do que o esperado, os analistas têm dúvidas se as projeções vão se concretizar.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,02%
DAX (Alemanha): -0,03%
CAC 40 (França): +0,03%
FTSE MIB (Itália): -0,14%
STOXX 600: +0,02%
Estados Unidos
Na volta do feriado de Ação de Graças, os futuros operam no campo positivo, com alguns investidores recalibrando suas expectativas para a inflação nos EUA e para futuros cortes nas taxas de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), em reação aos dados divulgados no início da semana.
Dow Jones Futuro: +0,30%
S&P 500 Futuro: +0,26%
Nasdaq Futuro: +0,39%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, com destaque para as perdas nas ações sul-coreanas, após a produção industrial do país registrar queda pelo segundo mês consecutivo em outubro.
Além disso, está no radar dos agentes a inflação de novembro do Japão, que atingiu 2,6%, fortalecendo as expectativas de um aumento iminente das taxas de juros pelo Banco do Japão. O iene chegou ao nível mais alto em mais de um mês em relação ao dólar.
Shanghai SE (China), +0,93%
Nikkei (Japão): -0,37%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,29%
Kospi (Coreia do Sul): -1,95%
ASX 200 (Austrália): -0,10%
Petróleo
Os preços do petróleo operam mistos diante da renovação de preocupações sobre o risco de fornecimento, após trocas de acusações entre Israel e o Hezbollah por supostas violações do cessar-fogo. Além disso, o adiamento da reunião da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) manteve os investidores em suspense quanto à definição da política de produção do grupo.
Petróleo WTI, +0,09%, a US$ 68,78 o barril
Petróleo Brent, -0,37%, a US$ 73,01 o barril
Agenda
Mercado financeiro fechará mais cedo nos EUA, depois do feriado de Ação de Graças ontem.
Por aqui, no Brasil, segue a pressão do mercado. No campo político-econômico, o JP Morgan revisou suas projeções para a política monetária brasileira, prevendo que o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) elevará a taxa Selic em 1 ponto percentual em dezembro, alcançando 12,25%, após o anúncio do pacote fiscal do governo Lula. Na avaliação do banco, as medidas falharam em recuperar a credibilidade econômica e a economia gerada deve ficar abaixo do esperado, com impacto estimado em R$ 15 bilhões em 2025, frente aos R$ 30,6 bilhões projetados pelo governo.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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