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Economia

Índices futuros começam a semana no negativo; dados de emprego são destaques nos EUA

No Brasil, o destaque da semana é a divulgação do PIB do 3º trimestre nesta terça-feira (3)
02/12/2024 | 08h22

Em semana marcada pela divulgação de diversos indicadores de emprego nos Estados Unidos, os índices futuros de Nova York começam a segunda-feira (2) com perdas. Ao longo da semana, serão divulgados os relatórios Jolts, ADP (emprego privado) e o mais importante de todos, o payroll.

Na quarta-feira (4), sai o Livro Bege, documento do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) que oferece uma análise detalhada sobre as condições econômicas em cada distrito da autoridade monetária.

Para hoje, estão previstos dados sobre gastos com manufatura e construção, além dos discursos do governador do Fed, Christopher Waller, e do presidente do Fed de Nova York, John Williams.

Ainda nos Estados Unidos, o dólar subia em meio à fraqueza do euro e do iene, enquanto os investidores digeriam as tensões políticas na França e uma recuperação nos rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries).

Por aqui, depois do barulho feito pelo mercado financeiro após a divulgação do pacote de corte de gastos do governo Lula, o destaque é a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre nesta terça-feira (3). A expectativa de analistas é de avanço de 0,9%.

Nesta segunda-feira no Brasil, os destaques por aqui são o Relatório Focus do Banco Central e o S&P Global: Índice PMI na indústria da transformação.

Brasil

O Ibovespa voltou a fechar no campo positivo na sexta-feira (29), com avanço de 0,85%, aos 125.667,83 pontos. Contudo, a alta não foi suficiente para o principal indicador da Bolsa brasileira fechar a semana no positivo. O acúmulo é de baixa de 2,46%, o pior desempenho semanal desde meados de setembro. No mês, a queda é de 2,9%.

O dólar seguiu na mesma toada dos dois dias anteriores, desde que o governo anunciou medidas para cortar gastos e outra que vai dar isenção de IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5 mil.

Na sexta, a moeda norte-americana oscilou muito durante o dia, para fechar a R$ R$ 6,001, valor nominal atingido pela primeira vez na história. A alta foi de 0,19% no dia. Na semana, a divisa acumula aumento de 3,2%.

Europa

As bolsas da Europa também começam a semana no campo negativo, com os agentes à espera de dados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria europeia e o PIB (Produto Interno Bruto) italiano, enquanto monitoram os movimentos da fabricante de Jeep, Stellantis, depois que seu CEO Carlos Tavares renunciou inesperadamente no fim de semana. A ação da companhia chegou a cair 8,9% na sessão. No ano, as perdas são de 46%.

O ambiente político também tem interferido no cenário econômico. Na França, o euro recuava depois que o partido de extrema direita francês ameaçou derrubar o governo em meio a um impasse sobre o orçamento do país.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,03%
DAX (Alemanha): -0,10%
CAC 40 (França): -0,70%
FTSE MIB (Itália): -0,50%
STOXX 600: -0,18%

Estados Unidos

Os futuros começam a semana em baixa, enquanto o dólar subia em meio à fraqueza do euro e do iene. A divisa norte-americana ganhou ainda mais suporte com os comentários de Donald Trump, que afirmou que os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) não deveriam criar uma moeda para rivalizar com o dólar, reforçando a agenda “America First” do presidente eleito dos EUA.

Dow Jones Futuro: -0,21%
S&P 500 Futuro: -0,20%
Nasdaq Futuro: -0,18%

Ásia

Por sua vez, as bolsas asiáticas fecharam em alta, com sinais de estabilização econômica na China. A atividade manufatureira na segunda maior economia do mundo cresceu pelo segundo mês consecutivo em novembro, de acordo com uma pesquisa privada nesta segunda-feira.

Shanghai SE (China), +1,13%
Nikkei (Japão): +0,80%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,65%
Kospi (Coreia do Sul): -0,06%
ASX 200 (Austrália): +0,14%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem impulsionados pelo otimismo em relação à atividade industrial na China e pela retomada dos ataques de Israel ao Líbano, mesmo após o acordo de cessar-fogo, intensificando as tensões no Oriente Médio.

Petróleo WTI, +0,93%, a US$ 68,63 o barril
Petróleo Brent, +0,90%, a US$ 72,48 o barril

Agenda

Nos EUA, saem o S&P Global: Índice PMI na indústria da transformação; o Índice ISM da indústria da transformação; e discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).

Por aqui, no Brasil, apesar de retirar do cálculo da meta fiscal algumas despesas, o governo do presidente Lula (PT) deve entregar um rombo estimado em R$ 64,4 bilhões pelo próprio Executivo. O resultado é o aumento da previsão do endividamento do governo brasileiro mesmo com o pacote de cortes anunciado na semana passada, segundo reportagem do jornal O Globo. Na seara de indicadores, os destaques por aqui são o Relatório Focus do Banco Central e o S&P Global: Índice PMI na indústria da transformação.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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