Os índices futuros dos Estados Unidos sobem nesta quinta-feira (19), após a queda dos ativos na véspera, com os investidores de olho na divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre de 2024 norte-americano hoje. Na Europa, o Banco da Inglaterra anuncia sua decisão sobre os juros nesta manhã.
A expectativa dos analistas indicam crescimento de 2,8% na economia norte-americana no período.
Ontem (18), o Fed (Federal Reserve) cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, conforme o esperado. O comunicado divulgado com a decisão e as falas do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, na sequência do anúncio da decisão, indicam uma desaceleração no ritmo de futuras reduções.
Por aqui, o Banco Central divulga nesta quinta-feira o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), um dado aguardado com atenção pelo mercado financeiro após a alta da taxa básica de juros, a Selic, para 12,25% ao ano.
O relatório oferece ampla visão sobre as expectativas de inflação e as projeções econômicas do país, influenciando decisões de política monetária e investimentos.
Brasil
O Ibovespa derreteu nesta quarta-feira (18), fechando com baixa de 3,15%, aos 120.771,88 pontos, uma perda de 3.926,16 pontos, a maior baixa desde os 3,35% aferidos em 10 de novembro de 2022. O patamar é também o menor desde os 120.445,91 pontos de 20 de junho deste ano.
Importante pontuar que, lá fora, os ativos também fecharam em baixa. Isso porque o Fed (Federal Reserve, banco central estadunidense) anunciou o esperado corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. A decisão agravou a elevação do dólar por aqui no fim da tarde e derrubou os indicadores por lá também. A taxa americana agora está no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano.
O dólar comercial teve alta de 2,82%, vendido a inéditos R$ 6,267, maior valor nominal da história.
Europa
As bolsas europeias operam com baixa, acompanhando o movimento de quarta-feira (18), depois da sinalização do Federal Reserve, o banco central estadunidense, que alguns cortes nas taxas de juros estão no horizonte.
Das notícias da região, o Banco da Inglaterra e o Norges Bank, o banco central da Noruega, anunciam hoje suas decisões sobre os juros.
FTSE 100 (Reino Unido): -1,22%
DAX (Alemanha): -1,06%
CAC 40 (França): -1,27%
FTSE MIB (Itália): -1,28%
STOXX 600: -1,26%
Estados Unidos
Os indicadores futuros operam no campo positivo hoje, depois que as ações despencaram na quarta-feira como consequência do anúncio de que o Fed só vai reduzir os juros mais duas vezes no próximo ano, abaixo das quatro reduções previstas em sua última projeção, divulgada em setembro.
O Dow Jones recuou 2,58%, encerrando o pregão em 42.326,87, marcando sua décima queda consecutiva, o maior declínio desde 1974, e colocando o índice a caminho de seu pior desempenho semanal desde março de 2023. O S&P 500 caiu 2,95%, fechando em 5.872,16, enquanto o Nasdaq registrou uma queda de 3,56%, para 19.392,69.
Dow Jones Futuro: +0,26%
S&P 500 Futuro: +0,24%
Nasdaq Futuro: +0,14%
Ásia
As bolsas asiáticas encerraram as negociações em queda, seguindo o movimento de Wall Street.
Por lá, o Banco do Japão manteve as taxas de juros, como previsto, incentivando a venda do iene pelos investidores, o que levou a moeda a atingir seu menor valor em um mês frente ao dólar.
Na China, as autoridades aumentaram o suporte à moeda por meio de sua taxa de referência diária depois que a cautela do Fed sobre futuros cortes nas taxas levou o yuan offshore a uma nova mínima de um ano.
Shanghai SE (China), -0,36%
Nikkei (Japão): -0,69%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,56%
Kospi (Coreia do Sul): -1,95%
ASX 200 (Austrália): -1,70%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, já que as expectativas de menos cortes de juros do Fed ajudaram a impulsionar o dólar.
Petróleo WTI, -0,54%, a US$ 70,20 o barril
Petróleo Brent, -0,90%, a US$ 72,73 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem hoje o PIB do 3º trimestre, pedidos de seguro-desemprego (semanal) e vendas de casas usadas de novembro.
Na Europa, o Banco da Inglaterra anuncia sua decisão sobre os juros.
Por aqui, no Brasil, o secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, destacou que a alíquota do futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA) será reduzida em relação à carga atual, graças à expectativa de diminuição na sonegação, inadimplência e fraude, o que pode representar uma queda de 3 pontos percentuais. Durante evento promovido pela CNN em Brasília, Appy afirmou que a alíquota será ajustada para manter a carga tributária global, beneficiando os contribuintes que já cumprem suas obrigações fiscais.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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