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Com Treasuries em alta, índices futuros podem terminar a semana no vermelho

Por aqui, a Vale divulgou ontem seu balanço. A mineradora lucrou US$ 2,4 bilhões de forma líquida no 3º tri de 2024, queda de 15% na comparação anual.
25/10/2024 | 11h16

Os índices futuros operam no azul nesta manhã de sexta-feira (25), mas caminham para encerrar a semana no vermelho após seis semanas de ganhos. Isso porque o aumento nos rendimentos do Tesouro (Treasuries) tem alimentado movimentos de aversão ao risco, já que os traders reduziram as expectativas para cortes de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos).

A semana por lá termina com a divulgação do Índice de Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan e dados de bens duráveis.

As bolsas europeias operam com baixa, encerrando uma semana amplamente negativa para as ações globais, à medida que a temporada de lucros do terceiro trimestre se intensifica. Os resultados corporativos da região têm se mostrado mistos, com muitos bancos superando as expectativas, mas outros setores mantendo o sentimento dos investidores cauteloso.

Por aqui, a Vale (VALE3) divulgou ontem (24) o balanço corporativo do terceiro trimestre, o que deve movimentar a sessão de hoje.

A mineradora lucrou US$ 2,4 bilhões de forma líquida (atribuível aos acionistas) no período. O número superou o previsto pelo consenso da LSEG, que projetava US$ 1,68 bilhão. Mesmo assim, o número representa queda de 15% na comparação anual.

Hoje, outra notícia envolvendo a empresa refere-se ao acordo com autoridades federais e estaduais para reparação e compensação pelo rompimento de barragem de rejeitos em Mariana (MG), em 2015. A assinatura do acordo terá a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na seara de indicadores, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga a Sondagem do consumidor.

Brasil

Após cinco dias no campo negativo, o Ibovespa fechou a quinta-feira (24) com alta de 0,65%, aos 130.066,95 pontos, um ganho de 833,84 pontos.

O pregão começou no campo negativo e parecia que o indicador fecharia assim. De manhã, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o IPCA-15, a prévia da inflação, que avançou 0,54% em outubro, ante 0,13% em setembro.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,71%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,47%, bem perto do teto da meta (4,50% ao ano) estipulado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

Com isso, cresceu a expectativa do mercado de que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central vai elevar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual. Atualmente os juros estão em 10,75% ao ano. Se a expectativa se concretizar, o indicador passa a 11,25% ao ano.

O dólar comercial oscilou bastante durante o dia, mas no final acabou fechando com queda de 0,52%, cotado a R$ 5,66.

Europa

As bolsas europeias operam em baixa generalizada, em uma semana negativa para as ações globais. A temporada de balanços do terceiro trimestre tem como destaque os bancos, que têm superado as expectativas, enquanto outros setores se mantêm em baixa, deixando os investidores cautelosos.

A Mercedes, por exemplo, abriu com queda de 3,2% após relatar uma queda de 64% no lucro operacional em sua principal divisão de carros, culpando “condições macroeconômicas mais fracas e competição acirrada, principalmente na Ásia”.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,21%
DAX (Alemanha): -0,19%
CAC 40 (França): -0,51%
FTSE MIB (Itália): -0,05%
STOXX 600: -0,31%

Estados Unidos

Os índices futuros operam em alta, mas devem fechar a semana com baixa. Enquanto acompanham a temporada de balanços, os traders estão olhando para os dados macroeconômicos da próxima semana, incluindo o relatório mensal de folhas de pagamento (payroll) e os resultados da Alphabet, Amazon, Apple, Meta e Microsoft em um período de três dias a partir de terça-feira (29).

Dow Jones Futuro: +0,08%
S&P 500 Futuro: +0,13%
Nasdaq Futuro: +0,16%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, com investidores aguardando as eleições gerais do Japão no fim de semana. A inflação em Tóquio caiu para 1,8% em outubro, de 2,2% no mês anterior, com a inflação básica — que exclui os preços dos alimentos frescos — também chegando a 1,8%.

Shanghai SE (China), +0,59%
Nikkei (Japão): -0,60%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,49%
Kospi (Coreia do Sul): +0,09%
ASX 200 (Austrália): +0,06%

Petróleo

Os preços do petróleo operam perto da estabilidade e caminham para ganho semanal, com as tensões no Oriente Médio ainda no radar dos traders.

Petróleo WTI, -0,14%, a US$ 70,09 o barril
Petróleo Brent, -0,12%, a US$ 74,29 o barril

Agenda

Será divulgado hoje nos EUA o índice de confiança da Universidade de Michigan de outubro (final).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a pedido das partes envolvidas, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luís Roberto Barroso, transferiu para a corte o procedimento de repactuação referente ao desastre do rompimento da barragem em Mariana (MG), em 2015, uma das maiores tragédias ambientais do país, segundo comunicado do STF na noite de ontem (24). Pela decisão, caberá ao presidente do STF concluir e homologar o acordo de reparação dos atingidos pelo desastre. Na seara de indicadores, a FGV divulga hoje a sondagem do consumidor.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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