Os índices futuros dos Estados Unidos estendem, nesta manhã de quarta-feira (16), a trajetória negativa da véspera, com investidores de olho na guerra comercial EUA versus China e aguardando a divulgação do relatório de vendas no varejo.
Ainda está previsto na agenda um discurso do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, no final do dia.
Os investidores também estarão atentos aos dados de produção industrial e estoques empresariais.
Na temporada de balanços nos EUA, estão previstos os resultados trimestrais de Travelers, US Bancorp, Abbott Laboratories, ASML e Citizens Financial.
No Brasil, o Banco Central divulga o fluxo cambial semanal, às 14h30.
Brasil
Ainda de olho nos desdobramentos da guerra tarifária entre Estados Unidos e China, o Ibovespa e as bolsas de Nova York inverteram os sinais, na terça-feira (15), fechando em queda generalizada.
O principal indicador da Bolsa brasileira fechou com queda de 0,16%, aos 129.245,39 pontos, uma perda de 208,52 pontos.
Já o dólar à vista fechou com alta de 0,67%, cotada a R$ 5,89, depois que a China anunciou que vai suspender a compra de aeronaves da fabricante americana Boeing.
A medida foi anunciada após o presidente dos EUA, Donald Trump, acusar Pequim de descumprir acordos com agricultores e com a empresa.
Europa
As bolsas europeias recuam nesta manhã, diante do cenário de incerteza sobre o vai e vem das tarifas comerciais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Dos dados da região, a inflação do Reino Unido para março chegou a 2,6%, de acordo com números publicados pelo Escritório de Estatísticas Nacionais na quarta-feira. O indicador ficou abaixo da previsão de economistas.
STOXX 600: -1,32%
DAX (Alemanha): -1,34%
FTSE 100 (Reino Unido): -0,79%
CAC 40 (França): -1,21%
FTSE MIB (Itália): -1,32%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York mantêm a trajetória negativa de hoje. No âmbito corporativo, as ações da Nvidia recuaram mais de 6% na véspera, após a empresa anunciar uma provisão trimestral de US$ 5,5 bilhões ligada à exportação de suas GPUs H20 para a China e outros mercados.
Dow Jones Futuro: -0,79%
S&P 500 Futuro: -1,40%
Nasdaq Futuro: -2,19%
Ásia
Os mercados asiáticos, por sua vez, fecharam majoritariamente em baixa, exceto o Shanghai SE (China), que subiu 0,26%, enquanto as preocupações com tarifas continuaram a pesar no sentimento dos investidores.
Em meio à guerra comercial EUA versus China, os chineses ordenaram a suspensão das entregas de jatos Boeing por parte de suas companhias aéreas.
Shanghai SE (China), +0,26%
Nikkei (Japão): -1,01%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,13%
Kospi (Coreia do Sul): -1,21%
ASX 200 (Austrália): -0,04%
Petróleo
Os preços do petróleo operam no vermelho, já que as mudanças nas políticas comerciais dos EUA alimentaram a incerteza enquanto os mercados avaliavam o impacto potencial da guerra comercial entre EUA e China no crescimento econômico e na demanda por energia.
Petróleo WTI, -0,39%, a US$ 61,09 o barril
Petróleo Brent, -0,29%, a US$ 64,48 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, serão divulgados os dados das vendas no varejo de março, a produção industrial, também de março, e os estoques empresariais de fevereiro.
Por aqui, no Brasil, a UE (União Europeia) divulgou uma lista com mais de 400 produtos dos EUA que podem sofrer tarifas retaliatórias caso fracassem as negociações comerciais com Washington. A relação inclui papel higiênico, maquiagem, charutos, tabaco e roupas, com sobretaxa de até 25%. As medidas respondem ao aumento das tarifas americanas sobre aço e alumínio, mas a UE suspendeu sua retaliação por 90 dias, até 14 de julho. As principais exportações dos EUA para o bloco incluem petróleo, medicamentos, peças aeroespaciais e veículos. Após sinalização de isenção temporária para montadoras, os principais índices europeus subiram, com exceção do francês CAC.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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