O lucro do Itaú Unibanco avançou 15,2% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2023, para R$ 10,1 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a alta foi menor, de 3,1%. O resultado está em linha com o esperado pelo mercado. Os dados foram divulgados ontem (6).
O ROE (retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado), indicador de rentabilidade do banco, também evoluiu para 22,4%, alta anual e trimestral de 1,5 e 0,5 ponto percentual, respectivamente.
Conforme o balanço divulgado pelo banco, o resultado foi puxado pelo aumento de 6,4% da margem financeira do banco, para R$ 27,7 bilhões, com destaque o salto de 31% da margem com mercado, ou seja, das operações de tesouraria, que investe em diversos ativos como títulos públicos e moedas, resultando em R$ 1,4 bilhão no trimestre.
Além disso, a instituição financeira se beneficiou do aumento de sua carteira de crédito (empréstimos e financiamentos) no Brasil, que cresceu 9,9% ante o segundo trimestre de 2023, para R$ 1,025 trilhão. Nos demais países da América Latina em que o banco atua, a alta foi de 4,7%, para R$ 229,1 bilhões.
O crédito a pessoas físicas aumentou 3,2% em 12 meses, com destaque para as altas de 9,7% em crédito pessoal, de 7,5% em veículos e de 2,8% em crédito imobiliário.
Para efeito de comparação, o Bradesco, um dos concorrentes diretos do Itaú, registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,716 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 12% na comparação com trimestre anterior e de 4,4% na base anual. O resultado foi divulgado na segunda-feira passada (5).
O banco também faturou bastante com serviços e seguros, os quais tiveram altas anuais de 9,4% e 14%, para R$ 11,3 bilhões e R$ 2,8 bilhões, respectivamente.
Nesses segmentos, houve aumento do faturamento em emissão de cartões, dos ganhos com administração de fundos e de consórcios, das receitas com assessoria econômico-financeira e corretagem e dos prêmios ganhos em seguros.
Queda de custo para evitar calote também contribuiu para o lucro do Itaú
Outro aspecto que ajudou a impulsionar o lucro do banco foi a queda de 6,7% no custo do crédito para R$ 8,8 bilhões. Segundo o Itaú, o movimento foi influenciado pela menor necessidade de provisões contra possíveis calotes, dada a melhora na qualidade de crédito das safras recentes e a consequente melhora nos índices de inadimplência acima de 90 dias. No Brasil, eles foram de 3,5% no segundo trimestre de 2023, para 3%.
Dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) mostram que o nível de endividamento das famílias caiu na passagem de junho para julho, atingindo 78,5% das famílias brasileiras, uma redução de 0,3 ponto percentual. É o primeiro recuo no indicador desde fevereiro. No entanto, ainda está acima do primeiro trimestre de 2024, quando terminou em 78,1%. Na comparação anual também fica em nível superior a julho de 2023 (78,1%).
Com relação às receitas do Itaú, estas cresceram 7,7% no período, ante a mesma base do ano anterior, somando R$ 41,8 bilhões, mais do que compensando o aumento de 6,7% com sinistros (R$ 408 milhões) e de 5,6% com despesas operacionais (R$ 17,6 bilhões).
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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