Os mercados mundiais operam majoritariamente em alta, nesta manhã de quinta-feira (18), com a decisão do BCE (Banco Central Europeu) no radar dos investidores. Nos Estados Unidos, os índices futuros se movimentam sem direção única, com os agentes aguardando mais falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
O BCE deverá manter as taxas de juros estáveis nesta semana após o corte de junho, o primeiro desde setembro de 2019. A manutenção ocorrerá em meio à incerteza sobre as dinâmicas da inflação, especialmente originadas do mercado de trabalho. Um novo corte deve acontecer somente em setembro.
As maiores empresas de tech do mundo, dos EUA à Europa e à Ásia, sofreram um selloff na sessão anterior em meio à preocupação com restrições mais rigorosas dos EUA sobre vendas de chips para a China. Gigantes americanas, como Nvidia e Broadcom, levaram um índice de semicondutores a cair quase 7% – a maior baixa desde 2020.
Hoje, as ações de tecnologia dos EUA tentam uma recuperação, com uma previsão otimista de resultados da Taiwan Semiconductor Manufacturing ajudando a restaurar o sentimento em relação ao setor.
Na temporada de balanços, que segue a todo vapor, também são esperados os resultados da Netflix no foco das atenções.
Por aqui, com agenda de indicadores esvaziada, as atenções ainda seguem voltadas para Brasília. A partir das 15h30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com a JEO (Junta de Execução Orçamentária), composta pelos ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).
Na frente corporativa, hoje acontece a fixação de preço da oferta de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp (SBSP3).
Brasil
O Ibovespa voltou a subir na quarta-feira (17), depois da queda de anteontem (16), quando foi interrompida uma sequência de 11 altas seguidas. Ontem foi dia de vencimento de opções, e o principal indicador da Bolsa brasileira subiu 0,26%, aos 129.450,32 pontos, um ganho de 339,94 pontos.
Ontem, ficou claro que o ministro Fernando Haddad (Fazenda) tinha razão quando disse que a fala do presidente Lula, em entrevista à Record, havia sido tirada do contexto, o que gerou oscilação no mercado financeiro, fazendo a Bolsa cair.
O conteúdo foi vazado por uma agência da qual a entrevistadora da Record, Renata Varandas, é sócia. Pouco antes das 13h, uma corretora divulgou aos investidores a declaração em que Lula dizia que ainda precisava ser convencido sobre a necessidade de cortes de gastos e que a meta fiscal não necessariamente precisava ser cumprida, embora tenha se comprometido com o arcabouço fiscal.
O dólar comercial também subiu 1,01%, a R$ 5,48, próximo da máxima do dia.
Europa
As bolsas europeias operam com ganhos, à medida que investidores aguardam a decisão sobre juros do BCE (Banco Central Europeu), que deve manter as taxas estáveis. A expectativa é de que os juros só voltem a cair na reunião de setembro.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,59%
DAX (Alemanha): +0,10%
CAC 40 (França): +0,49%
FTSE MIB (Itália): +0,77%
STOXX 600: +0,36%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam sem direção única hoje, mesmo movimento como fecharam ontem (17), com os investidores aguardando mais falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e de olho nos resultados corporativos.
Dow Jones Futuro: -0,11%
S&P 500 Futuro: +0,15%
Nasdaq Futuro: +0,37%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única. Muitas das ações repercutiram o tombo das ações de tecnologia em Nova York ontem, enquanto as de Xangai e de Hong Kong aguardam o resultado de uma reunião de líderes chineses.
Shanghai SE (China), +0,48%
Nikkei (Japão): -2,36%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,22%
Kospi (Coreia do Sul): -0,67%
ASX 200 (Austrália): -0,27%
Petróleo
Os preços do petróleo operam sem direção única, depois de um declínio semanal maior que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA.
Petróleo WTI, +0,01%, a US$ 82,86 o barril
Petróleo Brent, -0,13%, a US$ 84,96 o barril
Agenda
O destaque internacional de hoje está na decisão do BCE (Banco Central Europeu) sobre os juros.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a JEO decidirá nesta quinta-feira o tamanho do contingenciamento necessário para cumprir a meta fiscal de 2024. O governo já havia anunciado em março um bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento deste ano. A expectativa é de que o valor do novo bloqueio de despesas seja bem maior e deve ser anunciado na segunda-feira (22), quando o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do terceiro bimestre de 2024 será divulgado. Não há indicadores relevantes previstos na agenda.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg
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