Os mercados mundiais começam esta sexta-feira (6) operando mistos. Os índices futuros dos EUA estão majoritariamente no campo negativo, porém mais próximos da estabilidade, enquanto investidores aguardam os dados da folha de pagamento não agrícola (payroll) dos EUA, um dos balizadores da política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
As previsões apontam para um aumento de 200 mil empregos em novembro, marcando uma recuperação em relação aos números fracos de outubro, que foram impactados por furacões e greves. A expectativa para a taxa de desemprego é de leve avanço de 4,1% para 4,2%.
Os contratos futuros indicam uma probabilidade de 70% de um corte na taxa de juros pelo Fed na reunião de 18 de dezembro, a última do ano.
Ainda nos EUA, também serão divulgados hoje o Índice Michigan de Percepção do Consumidor de dezembro e o Crédito ao Consumidor de outubro.
Por aqui, o dia é de agenda mais fraca, com previsão de divulgação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) de novembro, uma importante medida da inflação que serve como termômetro para os custos de produção e consumo no país.
Brasil
O Ibovespa fechou a quinta-feira (5) com ganhos, após terminar quase estável anteontem (4). Ontem, o principal indicador da Bolsa brasileira subiu 1,40%, aos 127.857,58 pontos, um avanço de 1.770,56 pontos.
O principal assunto que ajudou o indicador a subir foi o mesmo que contribuiu para derrubá-lo na antevéspera: a notícia de troca de comando no Conselho de Administração da Petrobras.
Os papéis da petroleira (PETR4) fecharam o dia com alta de 0,99%, mesmo com o leve recuo do petróleo no mercado internacional. Isso porque a companhia fez a maior descoberta de gás na Colômbia.
O dólar comercial emendou a terceira baixa seguida e, durante a sessão, chegou a operar abaixo dos R$ 6, mas não sustentou o ímpeto e caiu 0,60%, a R$ 6,01.
Europa
As bolsas europeias também operam mistas, enquanto os investidores da região assimilam os últimos acontecimentos políticos na França, após a aprovação da moção de censura do primeiro-ministro francês Michel Barnier na noite de quarta-feira. Ele renunciou ontem (5), mas continuará no cargo até que seu substituto seja anunciado.
O presidente do país, Emmanuel Macron, fez um discurso desafiador criticando os políticos por não pensarem “nos eleitores”. Ele insistiu que cumpriria o restante de sua presidência, o que o manteria no cargo até 2027.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,04%
DAX (Alemanha): -0,08%
CAC 40 (França): +0,27%
FTSE MIB (Itália): +0,26%
STOXX 600: -0,01%
Estados Unidos
Os indicadores operam mistos, mas próximos da estabilidade nesta manhã, enquanto os agentes avaliam a indicação do presidente eleito, o republicano Donald Trump, para a embaixada dos EUA na China. Ele escolheu para o cargo o ex-senador David Perdue, um ex-político com experiência empresarial.
Dow Jones Futuro: -0,04%
S&P 500 Futuro: -0,04%
Nasdaq Futuro: +0,03%
Ásia
Os mercados asiáticos, por sua vez, também fecharam mistas, com as ações do Japão, da Coreia do Sul e da Austrália em queda, enquanto as ações na China subiram.
A Coreia do Sul foi outro ponto focal, com o won reduzindo perdas de declínios anteriores depois que o Comandante das Forças Especiais do Exército do país disse que não haverá uma segunda lei marcial.
Shanghai SE (China), +1,05%
Nikkei (Japão): -0,77%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,56%
Kospi (Coreia do Sul): -0,56%
ASX 200 (Austrália): -0,64%
Petróleo
Os preços do petróleo recuam com a fraca demanda em foco depois que a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) adiou os aumentos planejados de oferta e estendeu cortes profundos na produção até o final de 2026.
Petróleo WTI, -0,03%, a US$ 68,28 o barril
Petróleo Brent, -0,07%, a US$ 72,04 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos saem o payroll (novembro), o Índice Michigan de Percepção do Consumidor (dezembro) e o Crédito ao Consumidor (outubro).
Na Europa, será divulgado o PIB da zona do euro.
Por aqui, no Brasil, após 25 anos de negociações, a expectativa é que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE) seja finalmente concluído hoje, durante a reunião de cúpula do bloco sul-americano em Montevidéu. Por aqui, o dia é de agenda mais fraca, com previsão de divulgação do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) de novembro, uma importante medida da inflação que serve como termômetro para os custos de produção e consumo no país.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
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