ICL Notícias
Economia

Mercados mundiais no negativo em dia de divulgação do payroll nos EUA

Por aqui, saem hoje os dados da Produção industrial de junho. O consenso LSEG prevê alta de 2,4% na base mensal e de 1,2% na base anual.
02/08/2024 | 11h39

Os mercados mundiais operam no no negativo, nesta manhã de sexta-feira (2), seguindo o movimento da véspera, quando as bolsas de Nova York caíram levadas por um pessimismo generalizado sobre a economia dos Estados Unidos. Um selloff no mercado de ações se intensificou hoje em meio a essas preocupações e com as perspectivas para as empresas de tecnologia.

Hoje, os investidores estão atentos à divulgação do relatório de emprego (payroll) de julho, para avaliar a saúde do mercado de trabalho e calibrar ainda mais suas perspectivas para a trajetória da taxa de juros norte-americana.

A previsão é de criação de 175 mil vagas de emprego, enquanto a taxa de desemprego deve se manter em 4,1%, a mais alta desde novembro de 2021, após aumentos em cada um dos últimos três meses.

No âmbito corporativo, a temporada de balanços também segue a todo vapor. Ontem, no after hours, a Intel caiu 19% após anunciar projeções fracas e demissões. Já a Amazon caiu 7% após não atingir as estimativas sobre a receita do segundo trimestre e emitir uma previsão fraca. Por outro lado, as ações da Apple subiram um pouco após resultados acima do esperado.

As gigantes da energia Chevron e Exxon Mobil divulgarão seus resultados trimestrais hoje antes da abertura do mercado.

Por aqui, os dados da produção industrial de junho são destaque. O consenso LSEG projeta elevação de 2,4% na comparação com maio e de 1,2% na base anual.

Na seara política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda no Ceará, onde participa de cerimônia de assinatura do Programa Mover e anuncia expansão do Programa Pé-de-Meia.

Brasil

Depois da “Super Quarta”, o mercado financeiro viveu ontem (1) uma espécie de ressaca, com vários acontecimentos no radar. O Ibovespa caiu 0,20%, aos 127.395,10 pontos, com uma perda de 256,71 pontos.

O principal indicador da Bolsa brasileira foi influenciado pelo sentimento de pessimismo nos mercados em Nova York e com os investidores reagindo ao comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, divulgado anteontem (31) com a decisão de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,50% ao ano.

Apesar de incluir elementos de maior cautela, como o esperado, a avaliação de economistas do mercado financeiro é que a comunicação foi menos dura do que as expectativas.

Em Nova York, os principais índices de ações tiveram um dia de queda. Novos dados econômicos indicaram um esfriamento do mercado de trabalho, o que fez investidores questionarem se o Fed (Federal Reserve) agiu certo em esperar mais tempo para cortar a taxa de juros.

O dólar disparou em 1,43%, a R$ 5,73, maior patamar desde dezembro de 2021.

Europa

As bolsas europeias operam com baixa em meio à crise global, já que dados econômicos fracos dos Estados Unidos geraram temores de uma recessão.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,49%

DAX (Alemanha): -1,34%

CAC 40 (França): -0,72%

FTSE MIB (Itália): -1,65%

STOXX 600: -1,64%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam em baixa hoje, à medida que cresce o nervosismo em torno da saúde da economia dos Estados Unidos, após as informações divulgadas ontem mostrarem aumento acima do esperado dos pedidos de seguro-desemprego.

Dow Jones Futuro: -0,70%

S&P 500 Futuro: -1,07%

Nasdaq Futuro: -1,70%

Ásia

As bolsas da Ásia também fecharam em baixa embaladas pela liquidação em Wall Street durante a noite devido a preocupações com uma possível recessão da economia norte-americana.

O índice Nikkei, do Japão, caiu 5,81%, fechando em 35.909 pontos, marcando seu pior dia desde março de 2020, de acordo com dados da Factset. É a primeira vez que o indicador cai abaixo da marca de 36.000 pela primeira vez desde janeiro.

Shanghai SE (China), -0,92%

Nikkei (Japão): -5,81%

Hang Seng Index (Hong Kong): -3,65%

Kospi (Coreia do Sul): -2,08%

ASX 200 (Austrália): -2,11%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta, mas devem registrar o quarto declínio semanal, já que os sinais de crescimento decepcionante da demanda global por combustível superaram os temores de interrupções no fornecimento na principal região de produção do Oriente Médio.

Petróleo WTI, +0,45%, a US$ 76,65 o barril

Petróleo Brent, +0,41%, a US$ 79,85 o barril

Agenda

Na agenda de hoje, será divulgado nos Estados Unidos o relatório de emprego (payroll) de julho. A previsão é de criação de 175 mil vagas de emprego, enquanto a taxa de desemprego deve se manter em 4,1%, a mais alta desde novembro de 2021, após aumentos em cada um dos últimos três meses.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a AGU (Advocacia-Geral da União) e a Eletrobras pediram ontem (1°) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a prorrogação da conciliação sobre a participação do governo federal na companhia. Em petição enviada ao ministro Nunes Marques, relator do caso, a AGU e a empresa solicitam a extensão das negociações por mais 45 dias. Na seara de indicadores, saem hoje os dados da Produção industrial de junho; consenso LSEG prevê alta de 2,4% na base mensal e de 1,2% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

Deixe um comentário

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail