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Economia

Mercados mundiais operam com baixa em dia de início da reunião do Fed

No Brasil, destaque é a divulgação da última ata do Copom
17/12/2024 | 08h12

Os mercados mundiais começam a terça-feira (17) em trajetória negativa, com os agentes de olho no início da última reunião do ano do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano). No Brasil, os destaques são a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que elevou a taxa Selic a 12,25% ao ano, e a possível votação da regulamentação da reforma tributária do consumo na Câmara dos Deputados.

Amanhã (18), a expectativa dos agentes é que o Fed anuncie corte de de 25 pontos-base nos juros, para o intervalo de 4,25%-4,5%. As projeções da ferramenta FedWatch, do CME Group, indicam 98,2% de probabilidade desse corte nesse patamar.

Após a decisão, é esperada a tradicional coletiva do presidente da autoridade monetária norte-americana, Jerome Powell, que poderá trazer indicações sobre a continuidade de cortes nas taxas de juros ou não.

Voltando a Brasil, além da ata do Copom será divulgado nesta manhã o Icomex referente a novembro, que trará informações sobre o comércio exterior do país.

Brasil

Ibovespa fechou a segunda-feira (16) com queda de 0,84%, aos 123.560,06 pontos, um recuo de 1.052,16 pontos. É a terceira baixa seguida do principal índice da Bolsa brasileira, que já perdeu mais de 6 mil pontos desde quinta-feira (12).

No campo doméstico, o Boletim Focus do Banco Central ficou ontem no radar. A mediana do mercado financeiro elevou as projeções da inflação, da Selic, do dólar e do PIB (Produto Interno Bruto). A projeção da Selic subiu de 13,50% para 14,00% para 2025, uma vez que o próprio Copom indicou que, nas primeiras reuniões do ano que vem, pode subir os juros em um ponto percentual, a depender do andamento da economia.

O dólar comercial subiu pelo terceiro dia seguido, com mais 0,99%, a R$ 6,09.

Europa

As bolsas europeias operam no campo negativo, com os investidores de olho na reunião do Fed e, também, do Banco da Inglaterra, que divulga na quinta-feira (19) sua decisão sobre os juros.

Na esfera política, o Parlamento alemão aceitou o convite do chanceler Olaf Scholz para retirar sua confiança nele e em seu governo ontem, abrindo caminho para uma eleição antecipada em 23 de fevereiro, exigida pelo colapso de seu governo.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,71%
DAX (Alemanha): -0,18%
CAC 40 (França): -0,32%
FTSE MIB (Itália): -0,56%
STOXX 600: -0,58%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA amanhecem em baixa, com a reunião do Fed no radar, além de outros dados macroeconômicos, como os das vendas no varejo de novembro. Na última divulgação mensal, o volume de vendas do varejo registrou um aumento de 0,4% e anual foi de 2,85%.

Além dos dados de varejo, serão divulgados os números da produção industrial de novembro. A expectativa é de alta de 0,1%, acima do resultado anterior, que apresentou queda de 0,3%.

Dow Jones Futuro: -0,37%
S&P 500 Futuro: -0,31%
Nasdaq Futuro: -0,25%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente no campo negativo, enquanto os investidores aguardam a decisão do banco central dos EUA.

Das notícias da região, o governo chinês planeja definir uma meta de crescimento anual de cerca de 5% para o próximo ano e aumentar o déficit orçamentário para 4% do PIB (Produto Interno Bruto).

Shanghai SE (China), -0,73%
Nikkei (Japão): -0,24%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,48%
Kospi (Coreia do Sul): -1,29%
ASX 200 (Austrália): +0,78%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa, com os investidores preocupados com a demanda chinesa e aguardando novas orientações do mercado a partir da decisão sobre a taxa de juros dos EUA, prevista para quarta-feira.

Petróleo WTI, -0,57%, a US$ 70,31 o barril
Petróleo Brent, -0,37%, a US$ 73,64 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, serão divulgados hoje os dados das vendas no varejo (novembro), da produção industrial (novembro) e índice NAHB de mercado imobiliário (dezembro).

Por aqui, no Brasil, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse ontem que os altos impostos brasileiros em tarifas serão respondidos com cobranças semelhantes. “Nós vamos tratar as pessoas de forma muito justa, mas a palavra ‘recíproco’ é importante, porque se alguém nos cobra… Se a Índia nos cobrar 100% e nós não cobrarmos nada pela mesma coisa… Eles mandam uma bicicleta para nós, nós mandamos uma bicicleta para eles, eles nos cobram 100, 200. Índia cobra muito, Brasil cobra muito. Se eles querem nos cobrar, tudo bem, mas vamos cobrar a mesma coisa.”

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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