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Os mercados mundiais estão em trajetória negativa, nesta manhã de quinta-feira (8), com atenções voltadas para os números de pedidos de seguro-desemprego, que podem dar mais sinais sobre a saúde do mercado de trabalho estadunidense, após o relatório de folha de pagamentos payroll, divulgado na sexta-feira passada (2), ter vindo mais baixo que o esperado.

Os agentes também se preparam para que os bancos centrais dos EUA e do Japão potencialmente movam as taxas de juros em direções opostas nos próximos meses, colocando mais pressão sobre o carry trade (operação em que o investidor toma dinheiro emprestado barato em moeda forte e depois investe em outra com rendimentos mais elevados.) financiado pelo iene.

Ainda nos Estados Unidos, o JPMorgan vê agora uma chance de 35% de que a economia do país entre em recessão até o final deste ano, um aumento em relação aos 25% do início do mês passado. A equipe manteve as probabilidades de uma recessão na segunda metade de 2025 em 45%.

Por aqui, em dia de agenda macroeconômica fraca, a Petrobras divulga o balanço do segundo trimestre após o fechamento do pregão. A estatal deve continuar gerando um bom fluxo de caixa operacional, e há otimismo sobre os anúncios de dividendos ordinários no curto prazo.

Na esfera política, após o congelamento de R$ 15 bilhões no orçamento deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem reunião marcada nesta manhã com os 38 ministros e os presidentes das estatais para debater o planejamento do próximo um ano e meio.

Brasil

O Ibovespa seguiu mais um dia de fluxo positivo na quarta-feira (7). O principal indicador da Bolsa brasileira encerrou o pregão com alta de 0,99%, aos 127.513,88 pontos, ganho de 1.247,18 pontos.

Depois do colapso de segunda-feira (5) nos mercados globais, os negócios por aqui estão em movimento de acomodação, com os investidores à espera da divulgação oficial medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) na sexta-feira (9).

Nem mesmo as quedas das gigantes Vale (VALE3), com menos 0,19%, e Petrobras (PETR4), com menos 0,14%, foram suficientes para derrubar o indicador ontem.

O dólar comercial teve novo dia de queda, desta vez de 0,55%, a R$ 5,62.

Europa

As bolsas europeias caem hoje em movimento de ajuste após ações da região serem negociadas em alta na quarta-feira para se recuperar do tombo geral do início da semana.

FTSE 100 (Reino Unido): -1,06%
DAX (Alemanha): -0,76%
CAC 40 (França): -1,21%
FTSE MIB (Itália): -1,23%
STOXX 600: -1,05%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York caem hoje, com os investidores à espera dos dados dos pedidos de seguro-desemprego e, também, de olho nos resultados corporativos. Warner Bros. Discovery e Bumble operavam em baixa no after hours após relatar resultados fracos de receita no segundo trimestre.

Dow Jones Futuro: -0,31%
S&P 500 Futuro: -0,31%
Nasdaq Futuro: -0,16%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, sentindo as perdas de Wall Street na véspera, após um breve alívio da turbulência recente.

Ontem, as bolsas de Nova York tiveram perdas de 0,60% a 1%, lideradas por ações de tecnologia, depois de se recuperarem brevemente no pregão anterior dos robustos tombos que haviam amargado em meio a preocupações com a saúde econômica dos EUA.

Shanghai SE (China), 0,00%
Nikkei (Japão): -0,74%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,08%
Kospi (Coreia do Sul): -0,45%
ASX 200 (Austrália): -0,23%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa após abertura positiva, com o mercado preocupado com um possível ataque retaliatório do Irã a Israel como vingança pelos assassinatos de líderes do Hamas e do Hezbollah.

Petróleo WTI, -0,72%, a US$ 74,69 o barril
Petróleo Brent, -0,78%, a US$ 77,72 o barril

Agenda

Saem hoje os dados dos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o STF (Supremo Tribunal Federal) marcou o julgamento da liminar do ministro Edson Fachin que prorrogou até 11 de setembro a suspensão do processo que trata desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia e de determinados municípios até 2027. A sessão virtual será no dia 16 de agosto. O pedido de prorrogação foi feito no mês passado pelo Senado e a AGU (Advocacia-Geral da União), que pretendem utilizar o prazo para encerrar as negociações entre o governo federal e parlamentares para um acordo envolvendo a compensação financeira da União pela desoneração dos setores. Agenda de indicadores esvaziada hoje.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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