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Economia

Mercados mundiais sobem nesta 5ª à espera de mais dados macroeconômicos dos EUA

Hoje, os agentes aguardam os dados sobre pedidos de auxílio-desemprego e vendas no varejo nos EUA.
15/08/2024 | 11h36

Os mercados mundiais operam no campo positivo, nesta manhã de quinta-feira (15), estendendo os ganhos da véspera, quando a inflação ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês) veio dentro do esperado e manteve a esperança de cortes nas taxas de juros na reunião de setembro do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense).

Os últimos dados inflacionários nos Estados Unidos mostraram que, em vez de recessão, a economia norte-americana vive um pouso suave.

Agora, o mercado precifica de quanto será o corte dos juros. A ferramenta FedWatch da CMEA sugere uma probabilidade de 58,5% para um corte menor (0,25 ponto percentual) e de 41,5% para uma baixa mais acentuada (0,50 p.p.).

Hoje, os agentes aguardam os dados sobre pedidos de auxílio-desemprego e vendas no varejo nos EUA. Já na seara corporativa, é aguardado o balanço do Walmart.

Na Ásia, a estagnação econômica da China se estendeu para o terceiro trimestre, atraindo novamente a atenção para a necessidade de mais estímulos fiscais, à medida que a demanda doméstica enfraquece em meio a uma prolongada crise imobiliária.

Por aqui, o presidente Lula cumpre agenda hoje no Paraná, com previsão de uma entrevista à uma rádio local às 9h45 – o que pode sempre vir acompanhado de críticas ao Banco Central, sobretudo neste momento em que se discute uma possível alta da taxa Selic.

Brasil

Ibovespa segue contando dias felizes. O principal indicador da Bolsa brasileira emplacou a sétima alta seguida na quarta-feira (14), com avanço de 0,69%, aos 133.317,66 pontos, um ganho de 919,69 pontos.

Esse é o maior patamar de fechamento do ano. O anterior ocorreu em 28 de dezembro de 2023, quando o índice fechou aos 134.185 pontos. Desde que começou o atual rali, o Ibovespa já acumula pouco mais de 8 mil pontos.

O destaque do dia foi a divulgação do índice de preços ao consumidor de julho (CPI, na sigla em inglês) nos EUA. Os dados vieram dentro do esperado.

Desse modo, mais um indicador macroeconômico dos Estados Unidos confirma o prognóstico de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) vai finalmente iniciar o ciclo de cortes dos juros na reunião de setembro. Só resta saber se em 0,25 ponto percentual ou 0,50 p.p. (a maioria das apostas dá como certa uma redução mais moderada, ou seja, de 25 pontos-base).

Por sua vez, o dólar comercial interrompeu a sequência de seis quedas consecutivas e subiu 0,35%, a R$ 5,46.

Europa

As bolsas europeias operam em alta, com os investidores repercutindo dados de inflação mais fracos do que o esperado nos Estados Unidos e no Reino Unido.

A inflação do Reino Unido subiu para 2,2% em julho, ficando um pouco abaixo das expectativas, mas voltando a ficar acima da meta de 2% do Banco da Inglaterra. Já os dados do PIB (Produto Interno Bruto) mostraram que a economia cresceu 0,6% no segundo trimestre, em linha com as expectativas.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,03%
DAX (Alemanha): +0,35%
CAC 40 (França): +0,14%
FTSE MIB (Itália): +1,00%
STOXX 600: +0,21%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam no campo positivo, dando sequência aos ganhos da véspera, e com os investidores à espera de dados do mercado de trabalho e do varejo e falas de membros do Fed (Federal Reserve).

Dow Jones Futuro: +0,17%
S&P 500 Futuro: +0,18%
Nasdaq Futuro: +0,05%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, após dados do PIB do Japão superarem as expectativas do mercado na comparação trimestral, subindo 0,8%, acima das previsões de analistas.

Na China, as vendas no varejo cresceram 2,7% ano a ano, também superando as projeções de analistas. Por sua vez, a produção industrial cresceu 5,1% em comparação com as previsões de 5,2%. A taxa de desemprego subiu ligeiramente de 5% para 5,2% em junho.

Shanghai SE (China), +0,94%
Nikkei (Japão): +0,78%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,02%
Kospi (Coreia do Sul): +0,88%
ASX 200 (Austrália): +0,19%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem com esperanças de cortes nas taxas de juros dos EUA impulsionando demanda por combustível, embora preocupações persistentes sobre a demanda global mais lenta limitem os ganhos.

Petróleo WTI, +0,30%, a US$ 77,21 o barril
Petróleo Brent, +0,30%, a US$ 80,00 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os dados do seguro-desemprego semanal, das vendas no varejo de julho, da produção industrial de julho, além de falas de membros do Fed (Federal Reserve).

Por aqui, no Brasil, no campo político, a votação do projeto que compensa a desoneração da folha de pagamentos e cria um regime de transição para uma retirada gradual do benefício tributário de setores da economia e alguns municípios deve ocorrer na manhã desta quinta-feira. Inicialmente pautada para a sessão de quarta-feira, a votação da proposta foi adiada por acordo entre os senadores por conta do horário. Segundo o relator, o líder do governo Jaques Wagner (PT-BA), embora a política de desoneração não tenha atingido de forma satisfatória os efeitos esperados no mercado de trabalho, optou-se pela construção desse projeto para “construir uma ponte consensual”. Não estão previstos indicadores macroeconômicos relevantes hoje.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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