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Economia

Mercados mundiais sobem nesta 6ª; no Brasil, IPCA de julho é destaque

Projeções indicam que a inflação oficial deve apontar avanço de 0,35% no período.
09/08/2024 | 11h28

Os mercados mundiais operam no campo positivo, nesta sexta-feira (9), encerrando a semana de modo muito diferente de como começou. Na segunda-feira passada (5), as bolsas globais tombaram diante de temores de que a economia norte-americana estaria em recessão, após dados muito abaixo do esperado do mercado de trabalho. e o fim do carry trade do iene japonês.

Hoje, as ações avançam em continuidade ao movimento da véspera, repercutindo os números de pedidos iniciais de seguro-desemprego, que vieram abaixo do previsto e ajudaram a aliviar as preocupações dos investidores sobre a saúde do mercado de trabalho estadunidense.

Segundo o Bank of America, a turbulência nos mercados financeiros globais ainda não atingiu proporções que indiquem preocupações sobre uma pouso forçado da economia dos EUA.

Por aqui, o destaque é a divulgação da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deve mostrar alta de 0,35% em julho na comparação mensal, segundo o consenso LSEG, ante avanço de 0,21% na medição anterior. Na base anual, a estimativa é de aumento de 4,47%, ante alta de 4,23% em junho.

Além disso, a safra de resultados corporativos segue a todo vapor. Quase 50 balanços estão previstos para serem publicados, entre o fechamento do mercado na véspera e a abertura da Bolsa nesta sexta-feira, com destaques para B3 (B3SA3), Magazine Luiza (MGLU3), Lojas Renner (LREN3) e Suzano (SUZB3).

Brasil

Ibovespa viveu seu terceiro dia de glória. Na quinta-feira (8), o principal indicador da Bolsa brasileira subiu 0,90%, aos 128.660,88 pontos, com ganho de 1.147 pontos.

Com a agenda esvaziada por aqui, o indicador refletiu o otimismo do mercado externo. Em Wall Street, o Dow Jones subiu 1,7%, o Nasdaq ganhou 2,8% e o S&P 500 disparou 2,3%, em seu melhor desempenho diário desde 2022.

Embora não seja um indicador tão importante, os dados do seguro-desemprego nos Estados Unidos ajudaram a impulsionar os ganhos por lá. Os números vieram abaixo da expectativa, mostrando que o mercado de trabalho está em patamar saudável e que a economia norte-americana não está em recessão.

Ao contrário do Ibovespa, o dólar comercial fechou na terceira baixa seguida, desta vez em -0,90%, fechando cotado a R$ 5,57.

Europa

As ações na Europa avançam hoje, com os agentes tentando se livrar da instabilidade recente e acompanhar a alta de Wall Street na véspera e dos mercados asiáticos. Ações de viagens e lazer lideraram os ganhos ontem e sobem 1,82%, enquanto ações de mineração avançam 1,75%.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,46%
DAX (Alemanha): +0,35%
CAC 40 (França): +0,70%
FTSE MIB (Itália): +0,69%
STOXX 600: +0,78%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York sobem hoje, mantendo o movimento da véspera. O S&P 500 caiu 0,5% esta semana, enquanto o Nasdaq e o Dow recuavam cerca de 0,7%. Tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq estão a caminho de sua quarta semana de perdas.

Dow Jones Futuro: +0,11%
S&P 500 Futuro: +0,13%
Nasdaq Futuro: +0,25%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta, acompanhando os ganhos de Wall Street de ontem.

Das notícias da região, o índice de preços ao consumidor da China subiu 0,5% na base anual, superando as estimativas de analistas de um aumento de 0,3%. Por sua vez, o índice de preços ao produtor de julho caiu 0,8% em relação ao ano passado, um pouco menor do que o declínio previsto de 0,9% e inalterado em relação à queda de 0,8% de junho.

Shanghai SE (China), -0,27%
Nikkei (Japão): +0,56%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,17%
Kospi (Coreia do Sul): +1,24%
ASX 200 (Austrália): +1,25%

Petróleo

Os preços do petróleo operam perto da estabilidade na sessão de hoje, mas caminham para ganhar mais de 3% na semana após os dados do mercado de trabalho estadunidense acalmarem as preocupações com a demanda e os temores de um conflito crescente no Oriente Médio persistem.

Petróleo WTI, -0,03%, a US$ 76,17 o barril
Petróleo Brent, -0,10%, a US$ 79,08 o barril

Agenda

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a Petrobras divulgou prejuízo de R$ 2,605 bilhões na noite de ontem, após o fechamento do mercado, surpreendendo analistas que esperavam por um lucro de R$ 22,3 bilhões. Esse foi o primeiro prejuízo trimestral da empresa desde o terceiro trimestre de 2020. Segundo a petroleira, o resultado se deve, principalmente, aos efeitos da adesão a um acordo com o governo para encerrar uma disputa tributária e do acordo de trabalho de 2023, além da variação cambial no período. Enquanto isso, a Petrobras fará o pagamento de dividendos e JCP no valor total de R$ 13,57 bilhões, equivalentes a R$ 1,05320017 por ação ordinária e preferencial em circulação. Na seara de indicadores, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga, às 9h, a inflação de julho medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O Consenso de mercado apurado pela LSEG estima alta de 0,35% para o indicador em relação ao mês anterior e de 4,47% na comparação anual.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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