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Ministério de Lula tem 16 novos nomes anunciados, sendo 6 deles mulheres. Petista confirma Alckmin no Mdic

Estarão no novo governo Nísia Trindade, presidente da Fiocruz, que assumirá a Saúde; Anielle Franco, jornalista irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, que vai para a pasta da Igualdade Racial; e o advogado Silvio de Almeida, para o Ministério dos Direitos Humanos
22/12/2022 | 17h17

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciou nesta quinta-feira (22) outros 16 nomes que vão compor seu governo. O ministério de Lula traz nomes como o do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), confirmado no Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio); Nísia Trindade, presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que assume a Saúde; Anielle Franco, jornalista irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, que vai para a pasta da Igualdade Racial; e o advogado Silvio de Almeida, para o Ministério dos Direitos Humanos.

O anúncio foi feito no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília, sede do governo de transição. Dos 16 nomes anunciados por Lula, seis são mulheres. Durante a campanha, o petista foi muito cobrado se teria um governo com mais diversidade. “Nós estamos tentando fazer um governo que represente, no máximo que a gente puder, as forças políticas que participaram conosco da campanha”, afirmou Lula.

Além dos já citados, foram anunciados Alexandre Padilha (Relações Institucionais); Márcio Macedo (Secretaria-Geral); Jorge Messias (Advocacia-Geral da União); Camilo Santana (Educação); Esther Dweck (Gestão); Márcio França (Portos e Aeroportos); Luciana Santos (Ciência e Tecnologia); Cida Gonçalves (Mulheres); Wellington Dias (Desenvolvimento Social); Margareth Menezes (Cultura), que já havia sido anunciada; Luiz Marinho (Trabalho); e Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União).

Com os nomes anunciados hoje, Lula mostra que seu governo será anos-luz à frente do mandato de Jair Bolsonaro (PT), ao escolher personalidades de peso para áreas relegadas pelo atual mandatário, como a pasta de Direitos Humanos e Igualdade Racial.

A Saúde, uma pasta importante e com orçamento parrudo, será comandada por uma mulher que teve uma atuação importantíssima durante a pandemia de Covid-19, com notório conhecimento a respeito da saúde pública brasileira.

Antes do pronunciamento de Lula, a equipe de transição, coordenada por Alckmin, apresentou o relatório final com a conclusão dos trabalhos. Os trabalhos da transição foram divididos em mais de 30 grupos temáticos.

Antes do anúncio de hoje, Lula já havia anunciado Fernando Haddad (Fazenda); Flávio Dino (Justiça); José Múcio Monteiro (Defesa); Margareth Menezes (Cultura); Mauro Vieira (Relações Exteriores); e Rui Costa (Casa Civil).

Ainda faltam os futuros ocupantes das pastas do Esporte; Cidades; Integração e Desenvolvimento Regional; Povos Indígenas; Previdência Social; Meio Ambiente; Transportes; Minas e Energia; Comunicações; Turismo; Desenvolvimento Agrário; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Pesca e Aquicultura; Comunicação Social; Gabinete de Segurança Institucional; e Planejamento e Orçamento.

Ministério de Lula: antes de optar por Alckmin, petista queria colocar empresário. Mas barreira legal dificultou escolha

Durante a campanha, Lula disse que Alckmin não ocuparia nenhum ministério por já ser vice-presidente. Mas, em seus primeiros mandatos, o então vice-presidente José Alencar chegou a ocupar o Ministério da Defesa. O petista buscou um nome dentro do empresariado para ocupar a pasta. Mas recebeu recusas dos empresários convidados para o comando do Mdic por conta das barreiras legais existentes: eles não podem ser acionistas de uma empresa que atua na mesma área do ministério.

Diante do impasse, Alckmin começou a ser citado como uma opção com boas chances para o comando da pasta. Afinal, ele teve o apoio do setor industrial quando disputou a Presidência em 2018. O “Super Ministério”, criado por Bolsonaro, foi dividido em Fazenda, Planejamento e Indústria pelo presidente eleito Lula, com prioridade de melhorar política para a reindustrialização do país e também para a elaboração e controle do Orçamento Público.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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