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Economia

Monitor do PIB mostra avanço de 0,6% na atividade econômica em novembro

Desempenho é atribuído à agropecuária e à indústria
17/01/2025 | 11h30

O Monitor do PIB-FGV aponta crescimento de 0,6% na atividade econômica em novembro em comparação a outubro, na análise da série com ajuste sazonal. Em comparação ao mesmo mês de 2023, o crescimento foi de 3,4%. A taxa acumulada em 12 meses até novembro foi de 3,4%. Os dados foram divulgações, nesta sexta-feira (17), pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

monitor do pib

Fonte: FGV Ibre

“O crescimento da economia em novembro, em comparação a outubro, é resultado do bom desempenho da agropecuária e da indústria. Embora a indústria de transformação tenha ficado estagnada, a indústria extrativa, a construção e os serviços de eletricidade e relacionados cresceram de forma robusta. No setor de serviços, observou-se estagnação pelo segundo mês consecutivo; mesmo padrão observado no consumo das famílias”, disse Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.

De acordo com a pesquisadora, os principais destaques positivos no período no campo da demanda são os investimentos (formação bruta de capital fixo) e as exportações.

“O crescimento dos investimentos em novembro é, em parte, uma recuperação da forte queda ocorrida em outubro. Já as exportações cresceram fortemente após terem apresentado taxas negativas ou de crescimento muito baixas em 2024. Esses resultados mostram que o crescimento forte e disseminado da economia persiste, embora algumas sinalizações de possível esgotamento em alguns segmentos, como o setor de serviços e o consumo das famílias possam dar indícios de certa dificuldade em manter o forte ritmo de crescimento que vinha sendo observado nesses componentes do PIB”, completou.

Monitor do PIB: Análise desagregada dos componentes da demanda

O desempenho do consumo das famílias segue sendo de forte crescimento, embora, pela primeira vez, desde maio de 2024, o crescimento da taxa trimestral móvel tenha desacelerado.

Além disso, houve expressivo crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), explicado principalmente explicado pelo desempenho do segmento de máquinas e equipamentos. Porém, todos os componentes contribuíram positivamente para o resultado da FBCF.

Apesar disso, nota-se redução do crescimento comparado as taxas dos meses anteriores. O segmento de máquinas e equipamentos manteve contribuição similar, contudo, os segmentos da construção e de outros da FBCF reduziram suas contribuições positivas.

Exportação cresceu 4,4% no trimestre móvel findo em novembro

Após um ano de clara tendência de desaceleração, as exportações cresceram 4,4% no trimestre móvel findo em novembro; a maior taxa desde o trimestre móvel findo em abril de 2024.

Os bens de consumo e os bens intermediários foram os principais segmentos a colaborarem para a manutenção da variação das exportações em terreno positivo, que não foi maior devido ao desempenho negativo das exportações de produtos agropecuários que atenuou esse crescimento.

A importação, por sua vez, cresceu 18,8% no trimestre móvel findo em novembro.

O expressivo crescimento da importação é resultado do crescimento em todos os seus segmentos, com destaque para a importação de bens intermediários, que respondeu por metade do crescimento das
importações.

Apesar disso, nota-se um menor crescimento trimestral móvel observado em novembro do que o registrado em outubro. O que explica essa redução do crescimento são as importações de serviços, que embora ainda cresçam, diminuíram em termos de magnitude.

Valores

Em termos monetários, estima-se que o PIB acumulado até outubro, em valores correntes, tenha sido de R$ 10,708 trilhões.

Já a taxa de investimento em novembro de 2024 foi de 17,6%. Embora seja uma das maiores apresentadas nos últimos dois anos, nota-se uma tendência declinante da taxa de investimentos, desde
agosto de 2024.

Clique aqui para ler o relatório na íntegra

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