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O Monitor do PIB-FGV aponta retração de 0,5% na atividade econômica em outubro na comparação setembro, na análise da série com ajuste sazonal. Em comparação ao mesmo mês de 2023, o crescimento de outubro foi de 5,4%. A taxa acumulada em 12 meses até outubro foi de 3,4%.

“Embora a economia tenha retraído 0,5% em outubro, quando comparado a setembro, o crescimento no mês comparado ao mesmo mês do ano anterior foi de 5,4%, o maior registrado em 2024, na análise interanual. A retração na margem é reflexo do fraco desempenho da agropecuária e estagnação da indústria e dos serviços. Em contrapartida, o crescimento interanual mostra aquecimento comparado ao resultado do final de 2023. Cabe lembrar que ano passado a economia foi fortemente influenciada pelo desempenho da agropecuária, especialmente no primeiro semestre do ano. Esse contexto ajuda a explicar esses resultados dicotômicos comparados ao período mais recente e em comparação a 2023. De qualquer maneira, apesar da queda de outubro, a economia segue dando sinais de crescimento. Essa retração é insuficiente para gerar preocupação sobre a atividade econômica sendo necessária a divulgação dos próximos resultados para analisar se essa queda é pontual ou de fato se indica desaceleração econômica”, segundo Juliana Trece, coordenadora da pesquisa.

A análise gráfica desagregada dos componentes da demanda foi realizada na série trimestral interanual por apresentar menor volatilidade do que as taxas mensais e aquelas ajustadas sazonalmente, permitindo melhor compreensão da trajetória de seus componentes.

Consumo das famílias cresceu 6,0% no trimestre móvel findo em outubro

O consumo segue em expansão com taxas similares as observadas em meados de 2021, quando a economia estava em recuperação da forte queda sofrida em 2020 devido ao início da pandemia. Todos os segmentos têm colaborado ao longo de todo o ano para o forte crescimento deste componente

FBCF cresceu 10,7% no trimestre móvel findo em outubro

O expressivo crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) é principalmente explicado pelo desempenho do segmento de máquinas e equipamentos, padrão observado desde meados do ano. Nota-se que tanto a aquisição de produtos de origem nacional ou importada tem colaborado positivamente para o desempenho deste componente. Contudo, destaca-se a forte expansão das máquinas e equipamentos importadas para esse desempenho. Os demais segmentos da FBCF, que são a construção e outros, também tem colaborado positivamente em praticamente todo o ano e ajudam a explicar o desempenho expressivamente positivo deste segmento.

Exportação cresceu 0,8% no trimestre móvel findo em outubro

Embora siga com clara tendência de desaceleração, as exportações ainda são positivas, mas chegaram a menor taxa de variação trimestral observada em 2024 até então. Os bens de consumo são o principal segmento a colaborar para manter a variação das exportações em terreno positivo, porém o desempenho negativo de produtos agropecuários e da extrativa atenua esse crescimento.

Importação cresceu 19,4% no trimestre móvel findo em outubro

Embora os bens intermediários sejam o principal segmento a contribuir para o desempenho expressivamente positivo das importações neste trimestre, destaca-se que todos os segmentos importados cresceram nos dois últimos trimestres móveis. A tendência da importação segue fortemente positiva e disseminada. Apesar disso, cabe destacar que a importação de bens de consumo e de serviços reduziram suas contribuições no último trimestre.

PIB-FGV EM VALORES

Em termos monetários, estima-se que o PIB acumulado até outubro, em valores correntes, tenha sido de 9,689 trilhões de Reais.

TAXA DE INVESTIMENTO

Observa-se que a taxa de investimento em outubro de 2024 foi de 17,7%, na série a valores correntes; acima da taxa de investimentos média desde 2015 e um pouco abaixo da taxa de investimentos média desde 2000.

Acesse o estudo completo aqui.

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