Depois da “Super Quarta”, o mercado financeiro viveu, nesta quinta-feira (1/8), uma espécie de ressaca, com vários acontecimentos no radar. O Ibovespa caiu 0,20%, aos 127.395,10 pontos, com uma perda de 256,71 pontos.
O principal indicador da Bolsa brasileira foi influenciado pelo sentimento de pessimismo nos mercados em Nova York e com os investidores reagindo ao comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, divulgado ontem (31) com a decisão de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,50% ao ano.
Apesar de incluir elementos de maior cautela, como o esperado, a avaliação de economistas do mercado financeiro é que a comunicação foi menos dura do que as expectativas.
Em Nova York, os principais índices de ações tiveram um dia de queda. Novos dados econômicos indicaram um esfriamento do mercado de trabalho, o que fez investidores questionarem se o Fed (Federal Reserve) está certo em esperar mais tempo para cortar a taxa de juros.
Ontem, a autoridade monetária norte-americana também manteve as taxas de juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano, a maior em mais de duas décadas, e deu sinais de que um corte está por vir em setembro se inflação e mercado de trabalho esfriarem.
O mercado tentou explicar hoje a subida forte do dólar. Uma das percepções é de que o BC não deu sinais claros ontem sobre o que fará exatamente com a taxa de juros nas próximas reuniões, o famoso guidance, que foi abandonado por Roberto Campos Neto, presidente da autarquia.
O campo corporativo também contribuiu para o resultado de hoje. A Vale (VALE3) despencou 2,24%, mesmo com minério acelerando lá na China. A Petrobras (PETR4) também recuou, com 1,52%, mas com o petróleo devolvendo os ganhos de ontem, com preocupações sobre se a economia dos EUA finalmente está se encaminhando para um encolhimento e com o aumento da tensão no Oriente Médio.
Dólar
O dólar disparou em 1,43%, a R$ 5,73, maior patamar desde dezembro de 2021. Os DIs (juros futuros) terminam em queda nos vencimentos até 2027 e em alta nos vencimentos mais longos.
Mercado externo
As bolsas de Nova York reagiram hoje a dados recentes, que alimentaram receios sobre uma possível recessão nos EUA e a noção de que o Fed pode ter demorado para começar a cortar as taxas de juros. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram com maior força desde agosto de 2023. E o PMI industrial ISM atingiu 46,8%, pior do que o esperado e um sinal de contração econômica.
O Dow Jones caiu 1,43%, aos 40.256,88 pontos; o S&P 500, -1,37%, aos 5.446,59 pontos; e o Nasdaq,
-2,30%, aos 17.194,15 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
Deixe um comentário