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PIB da China no 3º trimestre tem ritmo mais fraco desde o início de 2023

Setor imobiliário da China não mostra sinais de recuperação.
18/10/2024 | 12h29

O crescimento econômico da China no terceiro trimestre foi o mais lento desde o início de 2023. Apesar de o consumo e a produção industrial terem superado as expectativas no mês passado, o setor imobiliário em declínio continua sendo um grande desafio para Pequim, que busca revitalizar o crescimento.

Desde o final de setembro, o governo intensificou suas medidas de estímulo econômico, mas os mercados aguardaram mais detalhes sobre a extensão do pacote e um plano claro para colocar a economia em uma trajetória sólida a longo prazo.

Segundo dados oficiais, a segunda maior economia do mundo cresceu 4,6% entre julho e setembro, superando a projeção de 4,5% da Reuters, mas abaixo do crescimento de 4,7% no segundo trimestre.

Após a divulgação dos dados, as autoridades manifestaram confiança em alcançar uma meta de crescimento anual de 5%, apoiada por medidas adicionais, incluindo um possível corte no valor que os bancos devem manter em reserva

Apesar dos resultados positivos em setembro para a produção industrial e as vendas no varejo, o setor imobiliário segue fragilizado, destacando a demanda por mais apoio.

Uma pesquisa da Reuters prevê que a economia chinesa cresça 4,8% em 2024, abaixo da meta de Pequim, e que o crescimento desacelere para 4,5% em 2025.

No terceiro trimestre, a economia cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior, abaixo da previsão de 1,0%.

Setor imobiliário da China não mostra sinais de recuperação

Com cerca de 70% da riqueza das famílias chinesas vinculadas ao setor imobiliário, que já representou um quarto da economia, os consumidores estão mais cautelosos com seus gastos.

Apesar de várias rodadas de medidas de apoio, o mercado imobiliário ainda não mostra sinais de recuperação, com os preços das novas moradias caindo no ritmo mais rápido desde 2015, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (18).

Em setembro, o banco central anunciou medidas monetárias mais agressivas desde a pandemia, com o objetivo de sustentar os mercados imobiliários e de ações.

No entanto, os investidores continuam esperando dados mais claros sobre o pacote de estímulo e um plano mais abrangente para contribuições

Os especialistas também salientam a necessidade de abordar desafios estruturais de longo prazo, como o excesso de capacidade, o endividamento elevado e o envelhecimento da população.

Redação ICL Economia

Com informações das agências de notícias

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