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PIB do Brasil foi o 4º maior do G20 no 3º tri; país empatou com a China no período

O Brasil cresceu mais que os EUA (+0,7%), França (+0,4%), União Europeia (+0,3%) e Canadá (+0,3%)
04/12/2024 | 08h32

O Brasil foi o quarto país que mais cresceu no terceiro trimestre entre as nações do G20, segundo uma publicação do Ministério da Fazenda divulgada ontem (3). O avanço de 0,9% no PIB (Produto Interno Bruto) do país foi no mesmo patamar que o da China.

Segundo a publicação, entre os países que compõem o bloco das 19 maiores economias do mundo, mais União Africana e União Europeia, o Brasil só ficou atrás de:

  • Indonésia (+1,5%);
  • Índia (+1,3%); e
  • México (+1,1%).

Por outro lado, o Brasil cresceu mais que os Estados Unidos (+0,7%), França (+0,4%), União Europeia (+0,3%) e Canadá (+0,3%).

PIB do G20

Ontem, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a economia brasileira cresceu acima das expectativas de analistas no período, puxada pelos setores de serviços (+0,9%) e indústria (+0,6%), ainda que a agropecuária tenha recuado 0,9%. Em valores correntes, foram gerados R$ 3 trilhões.

De janeiro a setembro, o PIB acumulou alta de 3,3%, enquanto nos últimos quatro trimestres, a alta foi de 3,1%. Frente ao 3º trimestre de 2023, o indicador cresceu 4,0%.

Os números do IBGE mostram que, na área de serviços, “houve expansões em informação e comunicação (2,1%), outras atividades de serviços (1,7%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%), atividades imobiliárias (1,0%), comércio (0,8%), transporte, armazenagem e correio (0,6%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,5%)”.

Fazenda calcula que PIB brasileiro vai crescer acima de 3,3% este ano

Em nota, o Ministério da Fazenda sinaliza que o PIB deve crescer acima de 3,3% este ano, previsto inicialmente pela própria pasta, e destaca ainda a forte expansão dos investimentos em máquinas e equipamentos, a chamada Formação Bruta de Capital Fixo. Quando as empresas investem em capital fixo, sinalizam esperar expansão futura.

“A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 10,8% no terceiro trimestre, após expansão de 5,7% no segundo trimestre. O maior ritmo de crescimento interanual está relacionado à expansão da construção e ao aumento na produção e importação de bens de capital. O bom desempenho das captações no mercado de capitais e o mercado de trabalho aquecido tem impulsionado a expansão dos investimentos, até o terceiro trimestre pouco afetados pelo aumento nas taxas de juros”, analisa a nota da Fazenda.

O avanço de 0,9% do PIB foi até mesmo superior à projeção do Boletim Macrofiscal de novembro do Ministério da Fazenda, quando ainda não estavam disponíveis indicadores que mostraram aceleração da atividade. Esse fortalecimento deverá levar à revisão para cima da estimativa para o PIB brasileiro de 2024, atualmente em 3,3%, repercutindo perspectivas de maior crescimento para a indústria e para os serviços.

Segundo o documento, os resultados do PIB no terceiro trimestre “mostraram que a economia brasileira seguiu em ritmo robusto de expansão mesmo com menores impulsos fiscais”. O principal motivo do crescimento, de acordo com a nota da SPE, foi o bom desempenho da indústria de transformação e construção e o crescimento na prestação de serviços diversos, o que se refletiu, do ponto de vista da demanda, “em forte expansão do consumo das famílias e, principalmente, do investimento”.

Atividade econômica deve continuar a crescer

A atividade econômica deve continuar a crescer no próximo trimestre, embora com desaceleração na margem, aponta o documento.

A política monetária mais contracionista deverá restringir o ritmo de expansão das concessões de crédito e dos investimentos, mas, apesar disso, são esperados “impulsos positivos” do mercado de trabalho, “que deverá seguir resiliente, estimulando a produção e o consumo das famílias”.

A nota informativa destaca ainda, para 2025, “a boa perspectiva para setores menos cíclicos, como a agropecuária e a produção extrativa”.

Na análise da SPE, o bom desempenho dessas atividades deve ajudar a mitigar a desaceleração esperada para as atividades cíclicas, mais impactadas pelo aumento dos juros e pelos menores estímulos fiscais.

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