Em fevereiro de 2023, a produção industrial nacional variou -0,2% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. Foi o terceiro resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período queda de 0,6%.
Frente a fevereiro de 2022, na série sem ajuste sazonal, houve recuo de 2,4%. Com isso, o acumulado no ano chegou a -1,1% e o acumulado nos últimos 12 meses, a -0,2%.
Duas das quatro grandes categorias econômicas e nove dos 25 ramos pesquisados mostraram recuo na produção. Entre as atividades, as influências negativas mais importantes vieram de produtos alimentícios (-1,1%), produtos químicos (-1,8%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-4,5%), com a primeira marcando o segundo mês seguido de recuo na produção, período em que acumulou redução de 3,8%; a segunda intensificando as quedas verificadas em dezembro de 2022 (-0,7%) e em janeiro de 2023 (-1,5%); e a última acumulando perda de 16,9% em 2023. Outras contribuições negativas relevantes vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%) e de produtos de metal (-1,4%).
Por outro lado, entre as 16 atividades com alta na produção, indústrias extrativas (4,6%) exerceu o principal impacto em fevereiro de 2023 e intensificou a expansão de 3,4% assinalada em janeiro último, quando interrompeu dois meses consecutivos de queda na produção, período em que acumulou redução de 8,0%. Vale destacar também os avanços de bebidas (3,6%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%), de impressão e reprodução de gravações (11,2%), de produtos diversos (4,0%), de metalurgia (0,8%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,0%).
Entre as grandes categorias econômicas, ainda ante o mês imediatamente anterior, bens de consumo duráveis, ao recuar 1,4%, assinalou a taxa negativa mais acentuada em fevereiro de 2023, intensificando, dessa forma, a perda de 1,2% registrada em janeiro último.
O segmento de bens de consumo semi e não duráveis (-0,1%) também teve redução na produção, interrompendo quatro meses consecutivos de crescimento, período em acumulou alta de 2,4%.
Por outro lado, os setores de bens de capital (0,1%) e de bens intermediários (0,5%) apontaram os avanços em fevereiro de 2023, com ambos interrompendo dois meses seguidos de queda na produção, período em que acumularam perda de 6,0% e 1,5%, respectivamente.
Média móvel trimestral varia -0,2% no trimestre encerrado em fevereiro
Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação negativa de 0,2% no trimestre encerrado em fevereiro de 2023 frente ao nível do mês anterior, após registrar -0,1% em janeiro último.
Entre as grandes categorias econômicas, bens de capital (-2,0%) assinalou a taxa negativa mais acentuada em fevereiro de 2023 e permanece em trajetória descendente desde maio de 2022. Os setores de bens intermediários (-0,4%) e de bens de consumo duráveis (-0,1%) também recuaram nesse mês, com o primeiro marcando o segundo mês seguido de queda e acumulando redução de 0,7% nesse período; e o último interrompendo dois meses consecutivos de avanço na produção, período em que acumulou ganho de 1,9%.
O único resultado positivo veio de bens de consumo semi e não duráveis (0,7%), setor que manteve a trajetória ascendente iniciada em novembro do ano passado.
Frente a fevereiro de 2022, produção industrial recua 2,4%
Na comparação com fevereiro de 2022, o setor industrial caiu 2,4% em fevereiro de 2023, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 57 dos 80 grupos e 56,8% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que fevereiro de 2023 teve 18 dias úteis, um dia útil a menos do que fevereiro de 2022 (19).
As principais influências negativas vieram de produtos químicos (-8,0%), produtos alimentícios (-3,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,1%) e máquinas e equipamentos (-9,0%).
Outros impactos negativos importantes vieram de minerais não metálicos (-11,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,6%), metalurgia (-4,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-11,8%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10,9%), produtos de madeira (-17,1%), produtos de metal (-4,9%) e produtos diversos (-8,3%).
Por outro lado, entre as oito atividades em alta, a de indústrias extrativas (5,1%) exerceu a maior influência sobre a média da indústria, impulsionada, principalmente, pela maior produção dos itens minérios de ferro e óleos brutos de petróleo. Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de bebidas (8,2%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,6%) e de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,7%).
Bens de capital teve queda mais acentuada contra fevereiro de 2022
Entre as grandes categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior bens de capital (-12,4%) assinalou a queda mais acentuada. O setor produtor de bens intermediários (-2,8%) também mostrou resultado negativo nesse mês e com perda mais intensa do que a observada na média da indústria (-2,4%).
Por outro lado, os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (0,2%) e de bens de consumo duráveis (2,1%) registraram os avanços nesse mês.
Bens de capital registrou a sexta taxa negativa consecutiva nessa comparação e a mais intensa desde agosto de 2020 (-14,5%). O segmento foi influenciado, principalmente, pelos recuos observados nos grupamentos de bens de capital para fins industriais (-17,2%) e para equipamentos de transporte (-11,1%). Os demais resultados negativos foram registrados pelos grupamentos de bens de capital para energia elétrica (-20,5%), de uso misto (-12,2%) e agrícolas (-11,9%). O único impacto positivo veio de bens de capital para construção (5,5%).
A produção de bens intermediários intensificou as perdas de janeiro de 2023 (-1,7%) e de dezembro de 2022 (-0,2%). O resultado desse mês é explicado, principalmente, pelos recuos em produtos químicos (-10,5%), produtos de minerais não metálicos (-11,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,6%), metalurgia (-4,8%), produtos alimentícios (-3,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%), máquinas e equipamentos (-8,2%), produtos de metal (-3,9%) e produtos têxteis (-1,1%), enquanto as pressões positivas vieram de indústrias extrativas (5,1%), celulose, papel e produtos de papel (0,8%) e produtos de borracha e de material plástico (0,3%).
Ainda nessa categoria econômica, vale citar também os resultados dos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-4,7%), que marcou o 18º recuo seguido nesse tipo de comparação; e de embalagens (0,6%), que mostrou o terceiro avanço consecutivo.
Já o segmento de bens de consumo semi e não duráveis apresentou a terceira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa dessa sequência: 4,6% em janeiro de 2023 e 1,5% em dezembro de 2022. O desempenho positivo nesse mês foi explicado, principalmente, pelas expansões observadas nos grupamentos de carburantes (12,8%) e de não duráveis (4,2%).
Por outro lado, os grupamentos de semiduráveis (-7,3%), de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-1,3%) e de alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (-5,7%) apontaram os impactos negativos nessa categoria.
O setor produtor de bens de consumo duráveis já havia crescido 13,9% em janeiro último. Em fevereiro, foi impulsionado pela expansão na fabricação de automóveis (2,6%) e de motocicletas (15,5%). Vale citar também os avanços registrados pelos grupamentos de eletrodomésticos da “linha marrom” (3,2%) e de outros eletrodomésticos (23,5%). Já os impactos negativos vieram de eletrodomésticos “linha branca” (-2,0%) e de móveis (-1,5%).
Acumulado janeiro-fevereiro apresenta queda de 1,1%
O índice acumulado para janeiro-fevereiro de 2023, frente a igual período do ano anterior, foi de -1,1%, com resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos, 47 dos 80 grupos e 52,3% dos 789 produtos pesquisados.
Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por produtos químicos (-5,3%), produtos de minerais não metálicos (-10,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,2%) e produtos de madeira (-19,3%).
Vale destacar também as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,2%), de metalurgia (-4,1%), de máquinas e equipamentos (-5,1%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,8%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,3%) e de produtos de metal (-3,3%).
Por outro lado, entre as nove atividades que apontaram expansão na produção, indústrias extrativas (3,5%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (18,1%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria. Outros impactos positivos importantes foram registrados por bebidas (6,4%), outros equipamentos de transporte (10,8%) e produtos de borracha e de material plástico (3,5%).
Já entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os dois primeiros meses de 2023 mostrou menor dinamismo para bens de capital (-9,7%). O setor produtor de bens intermediários (-2,2%) também assinalou resultado negativo no primeiro bimestre do ano e com perda mais intensa do que a observada na média da indústria (-1,1%).
Por outro lado, os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (2,4%) e de bens de consumo duráveis (7,6%) registraram os avanços no indicador acumulado no ano.
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