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Juros do rotativo do cartão de crédito fecharam 2024 em 450,5% ao ano

O Congresso Nacional determinou, por meio de lei, que os juros do crédito rotativo e parcelado não podem ultrapassar 100% do valor principal da dívida caso os bancos
27/01/2025 | 15h49
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As taxas de juros cobradas pelos bancos no rotativo do cartão de crédito aumentaram 4,6 pontos percentuais entre novembro e dezembro, passando de 445,9% (dado revisado) para 450,5% ao ano, conforme informou o Banco Central nesta segunda -feira (27).

Acima de 400% ao ano, essa é a linha de crédito mais cara do mercado financeiro. O patamar está 40 vezes acima da taxa básica da economia, que serve de parâmetro para os bancos buscarem recursos no mercado.

O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento.

Já a taxa de juros do crédito parcelado caiu de 183,2% (dado revisado) para 171,2% ao ano. Considerando o juro total do cartão de crédito, que engloba as operações de rotativo e parcelado, a taxa caiu de 82,1% (dado revisado) para 76,9% ao ano.

O Congresso Nacional determinou, por meio de lei, que os juros do crédito rotativo e parcelado não podem ultrapassar 100% do valor principal da dívida caso os bancos. O limite para juros e taxas entrou em vigor no o dia 3 de janeiro de 2024.

Além do avanço do rotativo do cartão de crédito, volume de crédito bancário aumentou 10,9% em 2024

A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas subiu 0,2 ponto percentual em 2024 – e fechou o mês de dezembro em 40,8% ao ano.

O juro foi calculado com base em recursos livres – ou seja, não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com o BC, a taxa média de juros cobrada nas operações com empresas subiu de 21,1% ao ano, em dezembro de 2023, para 22,1% ao ano no fim do ano passado. A alta foi de um ponto percentual.

Já nas operações com pessoas físicas, os juros caíram de 53,9% ao ano, em dezembro de 2023, para 53% ao ano no fechamento do último ano. O recuo foi de 0,9 ponto percentual.

No cheque especial das pessoas físicas, a taxa subiu de 128,1% ao ano, em dezembro de 2023, para 136% ao ano no fechamento do ano passado. O aumento foi de 7,9 pontos percentuais em 2024.

O volume total do crédito bancário em mercado, segundo o Banco Central, avançou 10,9% em 2024, para R$ 6,42 trilhões.

Com isso, houve aceleração na comparação com o ano de 2023, quando foi registrada uma expansão de 8,1% (valor ajustado).

“A aceleração ocorreu tanto no crédito às empresas (9,1% ante 4,7% em 2023), quanto no crédito às famílias (12,1% ante 10,5% em 2023). No mês de dezembro, o saldo de crédito total cresceu 1,4%, com incrementos de 2,3% no segmento de pessoas jurídicas e de 0,8% no de pessoas físicas”, informou o Banco Central.

De acordo com dados do Banco Central, a taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito recuou em 2024, fechando o ano passado em 3% – contra 3,2% no final de 2023.

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