Em entrevista à GloboNews na terça-feira (14), o recém-empossado ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Sidônio Palmeira, afirmou que os seus principais desafios na pasta serão a alta no preço dos alimentos, o combate às fake news e a necessidade de dialogar com diversos setores da sociedade, como trabalhadores de aplicativos e evangélicos.
Ele tomou posse ontem na pasta substituindo Paulo Pimenta, cuja gestão era bastante criticada. O novo ministro chega em um momento de grande tumulto provocado por notícias mentirosas sobre a nova Instrução Normativa da Receita Federal, que envolve movimentações via Pix.
Sidônio, que tem trajetória no marketing político, com bastante proximidade com governos petistas na Bahia, tem a missão de preparar uma prometida campanha com o intuito de debelar o estrago feito por políticos de extrema direita que vêm provocando temor na população com a nova regra da Receita.
Na entrevista, ele reforçou que a comunicação governamental deve ser ampla, alcançando todos os segmentos da população, e estar alinhada com a gestão e a política.
“O Brasil é um país muito diverso, com várias realidades dentro de um mesmo território. Precisamos comunicar com todos os públicos: evangélicos, católicos, pessoas de diferentes regiões, e levar em conta as características de cada grupo. Isso inclui também os trabalhadores de aplicativos, que enfrentam uma nova dinâmica no mercado de trabalho e precisam saber das propostas e saídas que o governo tem para eles”, afirmou.
Alta dos alimentos é problema sensível, diz Sidônio
No ano passado, a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) fechou em 4,83%, acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central, de 4,5%. O indicador foi puxado, principalmente, pela alta dos alimentos, em função da disparada do dólar e de questões climáticas.
O novo titular da Secom reconheceu que o aumento dos preços dos alimentos é um problema sensível para a população mais simples, que sente o impacto diretamente em supermercados e feiras livres. Ele pontuou que o governo, por meio do Ministério da Fazenda e outros setores, está trabalhando para conter essa alta, mas que é essencial comunicar o que está sendo feito.
“Os preços precisam ser analisados em contexto: como estavam antes e como estão agora. O desafio é mostrar os feitos do governo e garantir que essa comunicação chegue à ponta, onde as pessoas realmente sintam os resultados das ações”, explicou o ministro.
Sobre as fake news, ele mencionou o impacto da desinformação nas redes sociais e criticou a recente decisão da Meta, empresa controladora do Facebook e Instagram, de reduzir o controle sobre checagem de informações, o que pode agravar a disseminação de notícias falsas.
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