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Sindicato pressiona montadoras de veículos nos EUA por aumento salarial. Paralisação teve início semana passada

Desde a semana passada, o sindicato norte-americano de metalúrgicos United Auto Workers (UAW) e as montadoras de veículos da General Motors, da Ford e da Stellantis iniciaram greves simultâneas sem precedentes para a negociação dos contratos salariais
22/09/2023 | 14h22

O sindicato norte-americano de metalúrgicos United Auto Workers (UAW) e as montadoras de veículos da General Motors, da Ford e da Stellantis vão decidir, nesta sexta (22), sobre a continuidade da greve iniciada na semana passada. A expectativa é de que haja progressos significativos na negociação de contratos salariais para que a greve seja encerrada. A declaração foi dada pelo presidente do UAW, Shawn Fain, em um vídeo divulgado,  informou a reportagem do site G1.

Fain afirma que as montadoras de Detroit não compartilharam seus lucros com os trabalhadores, optando por enriquecer executivos e investidores.

Desde 13 de setembro, o UAW lançou greves simultâneas sem precedentes em três importantes montadoras de veículos da General Motors, da Ford e da Stellantis.

Em meio à paralisação nos Estados Unidos, os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e do Brasil,  Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniram na quarta-feira (20) e firmaram um compromisso mútuo com os direitos dos trabalhadores, por meio da assinatura de um protocolo. A iniciativa é inédita entre os dois países e visa combater a precarização do trabalho, tendo os sindicatos como base de apoio.

Impasse nas negociações pode gerar paralisação prolongada das montadoras de veículos 

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

Reportagem publicada no site G1 informa que o impasse está alimentando preocupações sobre uma paralisação prolongada que poderia interromper a produção das três grandes montadoras de Detroit, repercutir na cadeia de suprimentos e prejudicar o crescimento econômico dos EUA. Na quarta-feira (20), a Stellantis juntou-se à GM e à Ford e dispensou alguns funcionários de outras fábricas devido aos efeitos das greves, incluindo escassez de peças, restrições de armazenamento e outros problemas.

A S&P, de acordo com a notícia publicada, informa que é altamente provável que as greves durem várias semanas, podendo reduzir o produto interno bruto dos EUA no terceiro trimestre em 0,39% e causar “transtornos” nas cadeias de suprimentos automotivas globais.

Analistas esperam que as fábricas que montam picapes de alta margem de lucro, como a F-150, da Ford; a Chevy Silverado, da GM, e a Ram, da Stellantis, sejam os próximos alvos se a paralisação continuar. 

Na quarta-feira (20), o presidente da GM, Mark Reuss, rejeitou as alegações do sindicato de que os lucros recordes das montadoras de veículos são destinados a alimentar a “ganância corporativa”, dizendo que eles foram reinvestidos em veículos elétricos e também em carros movidos a gasolina.

No artigo de opinião publicado no Detroit Free Press, Reuss também chamou de “insustentáveis” as exigências do UAW de um aumento salarial de 40%, sinalizando que os dois lados permanecem distantes. As três montadoras de veículos propuseram aumentos de 20% em um período de quatro anos e meio, informa a reportagem publicada no site G1.

Os trabalhadores do UAW também querem acabar com uma estrutura salarial escalonada que, segundo eles, criou uma grande diferença entre os funcionários mais novos e os mais velhos, forçando alguns a trabalhar em dois empregos para sobreviver.

Redação ICL Economia
Com informações do site G1 e das agências de notícias

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