ICL Notícias
Economia

TCU pede que governo aumente preço por ação no processo de privatização da Eletrobras

Corte alega que o BNDES, responsável pela modelagem, não teria considerado o valor das subsidiárias da Eletrobras no momento da precificação
06/04/2022 | 17h00

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que o governo Jair Bolsonaro reajuste o preço mínimo que deverá cobrar por ação no leilão de privatização da Eletrobras.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a revisão, solicitada pela área técnica da Corte, deverá ser feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), responsável pela modelagem que permitirá que a União emita mais ações de maneira a reduzir a atual participação do governo federal na estatal, de 60% para 45%.

Ainda segundo a reportagem, o reajuste no preço mínimo não foi divulgado, mas a área técnica do TCU apontou que o BNDES não teria considerado o valor das empresas subsidiárias da Eletrobras – Chesf, Furnas, Eletrosul, Eletronorte e Eletronuclear – no momento da precificação.

A análise da segunda etapa da privatização da empresa é esperada com ansiedade pelo governo Bolsonaro, que vem pressionando o TCU para conseguir a aprovação até o dia 13 de abril.

O governo esperava que a Corte concluísse a votação sobre o caso nesta quarta-feira (6), mas o ministro-relator, Aroldo Cedraz, marcou um debate sobre a modelagem para a quinta-feira (7), o que teria frustrado os planos do Planalto. Para o “diálogo público”, porém, foram convidados somente governistas favoráveis à privatização da empresa.

Associação dos empregados

A Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) pediu, por meio de ofício ao TCU, a participação de especialistas do setor elétrico que integram a entidade no debate sobre a modelagem.

A Aeel destaca que tem acompanhado de perto todo o processo para a privatização da estatal e, por essa razão, quer apresentar no encontro pontos como “contratações por inexigibilidade do sindicato dos bancos como riscos para transparência e licitude do processo, preocupações com o repasse de conhecimento para a ENBPar (empresa de participações que vai controlar Itaipu e Eletronuclear), transações entre partes relacionadas (União, Eletrobras, Eletronuclear, Itaipu)”, entre outros pontos do processo.

Do Brasil 247
Com informações de agências

Deixe um comentário

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail