A equipe de transição deve propor o desmembramento do atual Ministério da Economia em três pastas: do Planejamento, da Economia e da Indústria e Comércio Exterior, informou na quarta-feira (30) o integrante da transição na área econômica, Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff. Deve ser retomada a distribuição que havia antes do governo Jair Bolsonaro, quando todas estas pastas foram fundidas no atual Ministério da Economia, sob comando de Paulo Guedes. No início do governo, até mesmo os Ministérios do Trabalho e da Previdência estavam sob a alçada da Economia, mas foram separados em 2021. Na sequência, serão definidos os nomes que vão integrar os ministérios. As indicações podem facilitar a articulação política para aprovar a PEC da Transição no Congresso.
O ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles elogiou a decisão do governo eleito de dividir o hoje super Ministério da Economia em três pastas: Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio.
Meirelles avaliou como positiva a reabertura dos três ministérios porque são ministérios com finalidades diferentes. “O Ministério da Fazenda foca na tributação, no giro da dívida pública, é olhando para fora do governo, para a economia, para o país. O Ministério do Planejamento administra a máquina pública. O Ministério da Indústria e Comércio é o canal de comunicação do setor privado com o setor público. Então são funções diferentes e, colocando tudo junto, fica uma coisa quase que não funcional. E não há grande ganho econômico, de despesa, juntando tudo isso, porque a máquina está toda lá, dos três ministérios. Então acho uma medida correta a reabertura dos três ministérios e o foco de cada um no seu lugar e na sua função específica”, explicou o ex-presidente do Banco Central para a reportagem da CNN.
Nelson Barbosa declarou que o nome para Ministério da Economia ainda não está definido
Questionado se a pasta da Economia voltará a ser Ministério da Fazenda, Barbosa declarou que isso ainda não está definido, mas que vai propor a manutenção do atual nome.
Sobre as tensões no mercado em torno do nome de Fernando Haddad para o Ministério da Economia, Barbosa afirmou que o “mercado flutua, vai e volta” . Para ele, Haddad é um dos melhores quadros políticos do Brasil e poderia assumir, inclusive, outra pasta.
Barbosa avalia que a tramitação da PEC vai diminuir boa parte desses ruídos sobre valores, e sobre nomes. Encaminhada nesta semana ao Congresso Nacional, a nova proposta para a PEC da transição retira R$ 198 bilhões do teto de gastos (que limita a maior parte das despesas à inflação do ano anterior), sendo R$ 175 bilhões do Bolsa Família e R$ 23 bilhões para investimentos, por quatro anos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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