ICL Notícias
Economia

Urgência do texto do arcabouço fiscal deve ser votada nesta quarta (17) pela Câmara dos Deputados

Fernando Haddad se reuniu na terça-feira (16) com o deputado federal Cláudio Cajado, líderes partidários e presidente da Câmara, Arthur Lira, para discutir o parecer do arcabouço fiscal e também para falar sobre o calendário de votação
17/05/2023 | 12h24

A previsão é que a urgência do texto do arcabouço fiscal seja votada nesta quarta-feira (17) pela Câmara dos Deputados, para que o projeto possa ser apreciado direto em plenário. A votação do texto em si está prevista para a próxima semana. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad se reuniu na terça-feira (16) com o  deputado federal Cláudio Cajado, líderes partidários e com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para discutir o parecer do novo arcabouço fiscal e também para falar sobre o calendário de votação. Haddad disse estar confiante na aprovação do arcabouço fiscal com ampla margem no Congresso Nacional,  quando questionado por jornalistas ao deixar o prédio do ministério, em Brasília.

O novo arcabouço fiscal é uma das prioridades máximas da área econômica do governo, junto com a reforma tributária. Segundo informações publicadas na reportagem do G1, Cajado fez algumas alterações no texto: incluiu gatilhos de contenção de gastos e reduziu as despesas que não ficarão sujeitas às novas regras.

Haddad também se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar do tema. Conforme o blog do jornalista Valdo Cruz, Lula pediu para que os gastos com a política de valorização do salário mínimo e com o Bolsa Família fossem preservados no novo arcabouço.

Haddad afirmou que o texto apresentado do arcabouço fiscal é fruto de um acordo e todo mundo teve que “ceder em alguma coisa”

arcabouço fiscal, encomendas internacionais, Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Valter Campanato/Agência Brasil

Questionado se o governo ficou satisfeito com o relatório apresentado pelo deputado Claudio Cajado, Haddad afirmou que o texto é fruto de um acordo e todo mundo teve que “ceder em alguma coisa”.

“Em acordo todo mundo sai do acordo tendo que ceder em alguma coisa né. É óbvio se você perguntar para o governo, o governo ele mandou um projeto de lei, mas sabe que [existem] outras forças do Congresso Nacional, que é natural que o relator tem que ouvir todo mundo pra angariar o maior apoio possível, e é um quórum qualificado, temos que ter 257 votos pra aprovar”, disse Haddad.

“Nós temos o desafio de aprovar esse arcabouço com uma larga margem de votação, para dar consistência ao regime fiscal do país, então esse é um acordo que a Câmara está fazendo para ampliar ao máximo o apoio ao arcabouço, ele ser uma lei com durabilidade, com resiliência para que os resultados sejam alcançados. É no bojo de uma negociação que essas coisas acontecem”, declarou.

O ministro afirmou também que a aprovação do novo arcabouço fiscal vai tirar o país de uma “camisa de força”, em referência ao teto de gastos, a regra fiscal em vigor, que limita o crescimento da maior parte das despesas da União à inflação.

“Eu penso que a gente sai de uma camisa de força muito grande e coloca o país em outro patamar mais inteligente mais flexível e no futuro você tem os parâmetros. Próximo governo pode alterar os parâmetros, mas o desenho foi muito bem recebido.”

O ministro foi questionado sobre se o governo concordou com trecho do relatório que estabeleceu que o programa social Bolsa Família não terá aumento acima da inflação se a meta de resultado das contas públicas for descumprida.

“Se o governo mandar uma proposta de reajuste do Bolsa Família, muito difícil o Congresso recusar porque você está falando da camada mais pobre da população. Mas isso não vai ser necessário. Nós vamos conduzir a gestão fiscal da maneira mais responsável, mas atendendo aquela parcela da sociedade que efetivamente precisa mais proteção do Estado”, respondeu.

Redação ICL Economia
Com informações do G1

Deixe um comentário

Mais Lidas

Assine nossa newsletter
Receba nossos informativos diretamente em seu e-mail