Os índices futuros dos Estados Unidos operam, nesta terça-feira (3), pelo segundo dia consecutivo em baixa. Ontem (2), feriado do Dia do Trabalho nos EUA, os futuros foram os únicos que abriram, também no negativo. Hoje, as atenções dos investidores estarão voltadas para a divulgação do índice ISM da indústria.
O mercado projeta o ISM em 47,5, uma melhora em relação ao mês anterior, mas ainda em território contracionista abaixo de 50.
Agentes do mercado buscam garantias de que o caminho está livre para o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) cortar as taxas de juros a partir de setembro.
Os números do setor manufatureiro dos EUA marcam o início de uma semana movimentada de dados econômicos, que termina com os dados do payroll na sexta-feira (6). Uma série semelhante de divulgações em agosto gerou temores de que a economia dos EUA estivesse caminhando para um pouso forçado, abalando os mercados.
Na Ásia, a recuperação econômica cada vez mais decepcionante da China atrasará a esperada alta no preço do cobre, disse o Goldman Sachs ao reduzir sua previsão para a commodity no próximo ano em quase US$ 5.000 por tonelada.
Por aqui, o destaque de hoje é a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto). O dado será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) às 9h.
A expectativa de analistas é que o PIB brasileiro tenha crescido 2,7% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2023, segundo estimativa mediana em pesquisa da Bloomberg, após avanço de 2,5% na leitura anterior.
Além do PIB, também será divulgado o IPC-Fipe de agosto.
Brasil
O Ibovespa encerrou o primeiro pregão de setembro com queda de 0,81%, aos 134.906 pontos, em dia de baixa liquidez nos mercados mundiais devido ao feriado do Dia do Trabalho (Labor Day) nos Estados Unidos.
O feriado estadunidense prejudicou o movimento acionário na Bolsa brasileira. A Vale, por exemplo, voltou a cair, agora com 1,41%, com o minério de ferro tendo a maior perda diária em quase dois anos.
Ontem (2), começou a valer a nova carteira do Ibovespa. A composição, que é reavaliada a cada quatro meses, vai vigorar até dia 3 de janeiro do próximo ano.
O dólar comercial, no meio disso tudo, recuou 0,32%, a R$ 5,61, após cinco altas seguidas.
Europa
As bolsas europeias operam com ganhos, em meio ao aumento das vendas no varejo do Reino Unido, que subiram 1% em agosto deste ano, mas com desaceleração em relação ao crescimento de 4,1% no mesmo mês de 2023.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,04%
DAX (Alemanha): -0,12%
CAC 40 (França): +0,16%
FTSE MIB (Itália): -0,36%
STOXX 600: -0,10%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam no campo negativo nesta manhã, na volta do feriado do Dia do Trabalho ontem. Após uma liquidação acentuada no início do mês de agosto, o S&P 500 encerrou o mês com alta de 2,3%, marcando seu quarto ganho mensal consecutivo. O Dow e o Nasdaq avançaram 1,8% e 0,7%, respectivamente, durante o período.
Dow Jones Futuro: -0,27%
S&P 500 Futuro: -0,17%
Nasdaq Futuro: -0,24%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente no vermelho, com investidores digerindo os números da inflação de agosto da Coreia do Sul, que caíram para seu nível mais baixo na comparação anual desde março de 2021.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país registrou um aumento de 2% na comparação anual, abaixo dos 2,6% de julho.
Shanghai SE (China), -0,29%
Nikkei (Japão): -0,04%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,23%
Kospi (Coreia do Sul): -0,61%
ASX 200 (Austrália): -0,08%
Petróleo
Os preços do petróleo operam sem direção única, divididos entre preocupações com a desaceleração da economia chinesa, que pode reduzir a demanda, e o impacto do bloqueio de instalações de produção de petróleo na Líbia.
Petróleo WTI, +0,03%, a US$ 73,57 o barril
Petróleo Brent, -0,78%, a US$ 76,15 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, serão divulgados hoje o PMI e o ISM da indústria de agosto.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou ontem (2) que a expectativa é a de que a sabatina do indicado para a presidência do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado seja realizada no dia 10 de setembro. De acordo com o ministro, mesmo que haja uma aprovação rápida do nome de Galípolo para a instituição monetária, o novo presidente do BC só irá tomar posse ao final do mandato do atual presidente, Roberto Campos Neto, que termina em 31 de dezembro deste ano. Na agenda de indicadores, o destaque é a divulgação do PIB do 2º trimestre.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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