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Editora Matrix divulga capa do novo livro de Juliana Dal Piva sobre Rubens Paiva

Jornalista lançará, em fevereiro, o livro 'Crime sem castigo: Como os militares mataram Rubens Paiva'
17/01/2025 | 04h49

A editora Matrix divulgou nesta sexta-feira (17) a capa do novo livro da colunista do ICL Notícias Juliana Dal Piva. Ela lançará, em fevereiro, o livro “Crime sem castigo: Como os militares mataram Rubens Paiva”. O trabalho é uma adaptação da dissertação de mestrado da jornalista que foi apresentada no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getulio Vargas, em setembro de 2016.

O engenheiro e ex-deputado federal Rubens Paiva foi levado de sua casa no Rio de Janeiro por um grupo de militares sob os olhos apreensivos de sua família em 20 de janeiro de 1971. Nunca mais voltou. Descobrir o que ocorreu com ele depois disso tornou-se uma missão para sua família. Em especial, para sua mulher, Eunice Paiva.

Por diversos anos, a ditadura sustentou, de modo falso, que Rubens Paiva teria fugido de militares após a prisão. Na obra, a jornalista reproduz um documento encontrado no acervo do SNI (Serviço Nacional de Informações), guardado no Arquivo Nacional, no que aponta que a ditadura já listava Paiva como morto em uma listagem feita por militares em 20 de janeiro de 1977. No entanto, seguia negando a responsabilidade sobre o paradeiro dele.

livro

Livro esmiúça detalhes

No livro ainda estão esmiuçadas milhares de páginas sobre as investigações feitas desde 1971 sobre o desaparecimento do ex-deputado. Também está relatado como a ditadura monitorou de perto cada passo dos interessados em desvendar o caso para garantir que não se chegasse à verdade. Apenas em 2014, o grupo de Justiça de Transição do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro conseguiu concluir o caso apontando cinco militares pelo assassinato de Rubens Paiva.

A inédita abertura de um processo por homicídio e ocultação de cadáver do ex-deputado federal Rubens Paiva, em 26 maio de 2014, trilhou um novo caminho no Judiciário brasileiro para a impunidade contra os crimes cometidos por militares durante a ditadura iniciada em 1964. Foi a primeira vez que um juiz instaurou uma ação para punir criminalmente um assassinato cometido naquele período.

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