Por Carlos Villela
(Folhapress) — O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), foi reeleito em primeiro turno neste domingo (6).
A vitória o consolida como a maior liderança da oposição ao governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB).
Também disputaram os candidatos Duarte Júnior (PSB), Yglésio Moisés (PRTB), Fábio Câmara (PDT), Flávia Alves (Solidariedade), Wellington do Curso (Novo), Franklin (PSOL) e Saulo Arcangeli (PSTU).
A reeleição de Braide e da vice-prefeita Esmênia Miranda (PSD) impede uma reedição do pleito de 2020, quando derrotaram Duarte Júnior no segundo turno das eleições municipais.
Braide tem 48 anos e é advogado, graduado em direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Antes de se eleger deputado estadual pela primeira vez em 2010 pelo PMN, foi diretor-presidente da Caema (Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão) e secretário municipal do orçamento participativo de São Luís.
Foi reeleito em 2014 e, dois anos depois, se candidatou a prefeito de São Luís pela primeira vez, sendo derrotado no segundo turno pelo então prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
Conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados em 2018 e em 2020 candidatou-se novamente à prefeitura, desta vez pelo Podemos, saindo vitorioso. Braide ingressou no PSD em 2022 e disputou a reeleição em aliança com o MDB e o Republicanos.
Braide conseguiu evitar desgaste eleitoral com o caso do carro encontrado com R$ 1,1 milhão em dinheiro vivo em um bairro de São Luís em agosto. O motorista do carro, investigado pela polícia, é ex-assessor do irmão do prefeito, o deputado estadual Fernando Braide (PSD). Outro irmão, o médico Antônio Braide, foi preso dias depois por porte ilegal de arma durante uma operação relacionada ao caso. O prefeito declarou que nada tem a ver com o episódio e defendeu as investigações.
Apoiado pelo presidente Lula (PT) e por Carlos Brandão, Duarte Júnior destacou o episódio em sua campanha, mas não conseguiu angariar votos suficientes para pressionar a liderança isolada de Braide.
Duarte Júnior entrou na política apadrinhado por Flávio Dino, à época governador e hoje ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), de quem foi aluno na faculdade. Disputou sua primeira eleição em 2018, quando foi eleito deputado estadual pelo PCdoB, e se reelegeu em 2022 pelo PSB.
Duarte contava com uma coligação de 12 partidos, dentre eles o PT de Lula e o PL de Jair Bolsonaro. Entretanto, o ex-presidente declarou apoio ao deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB).
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