No programa ICL Notícias 1ª Edição de hoje, Eduardo Moreira leu a carta aberta de várias associações e federações de trabalhadores ligados à Caixa que manifestam preocupação com a entrega do banco como parte da negociação do governo com o Centrão para ter apoio no Congresso. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), admitiu que vai decidir os nomes que vão dirigir a instituição.
“Lira perdeu a vergonha de falar que é ele mesmo que vai decidir, que é ele mesmo que manda, que é ‘porteira fechada’”, comentou Eduardo.
O texto destaca que o termo usado por Lira para se referir à forma como vai receber o banco (“de porteira fechada”) é um desrespeito a essa tradicional instituição.
“É impossível, já dizia Caio Prado, entender o Brasil sem entender a questão da terra. Os termos usados (por Lira) são termos de fazendeiros, não é coincidência”, analisou ele. Caio Prado Jr. foi historiador, escritor, filósofo, político e editor que iniciou no país tradição historiográfica identificada com o marxismo, com teoria baseada na sociedade colonial brasileira.
A carta lembra as dificuldades que a Caixa passou na gestão Bolsonaro (inclusive com casos de assédio moral e institucional) e pede a manutenção de Rita Serrano na sua presidência. Defendê-la, dizem os signatários, significa defender a essência do banco.
O texto critica o fisiologismo e propõe que a Caixa continue comprometida com seu verdadeiro papel, alinhado com as políticas sociais do governo federal.
“Toda essa ‘tchurma’ do Centrão, que há séculos vem tomando o país de porteira fechada, vem passando a boiada, vocês vão enfrentar sempre resistência. E repito: a guerra vocês vão perder. E aqui vai ser resistência todo dia”, disse Eduardo Moreira, referindo-se ao ICL.
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