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Ivanir dos Santos

Professor e orientador no Programa de Pós-graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Conselheiro Estratégico do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP). Autor e idealizador da série Resistência Negra, da Globoplay.

Colunistas ICL

Educação e cultura na luta contra o racismo

Uma parceria sólida na promoção de uma educação e cultura antirracista
23/12/2024 | 04h49

“Quando um rebanho se une, o leão dorme com fome”
Provérbio Africano

Em um momento extremamente importante para avaliarmos os caminhos e as encruzilhadas que escolhemos até aqui, o Centro de Articulação de Populações Marginalizada (CEAP) e a Fundação Darcy Vargas (FDV), nutridos pelos sentimentos de respeito, fraternidade e luta contra o racismo se uniram para reescrever uma história de tolerância, equidade e liberdade.

Fundado na década de 1980, por ex-alunos da FUNABEM, o CEAP vem ao longo de décadas promovendo ações no campo da cultura e da educação voltadas para a promoção da lei 10.639/03.

Em sua origem estão projetos e ações que tinham como escopo garantir os direitos das crianças e adolescentes.

Da mesma forma, o CEAP participou ativamente na construção e promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e lançou a campanha nacional “Não matem Nossas Crianças”, em 1989.

Já a FDV, fundada pela então primeira-dama Darcy Vargas, esposa do ex-presidente Getúlio Vargas, foi criada em 1938, com o intuito de abrigar os pequenos jornaleiros que viviam pelas ruas do Centro do Rio de Janeiro.

Assim nasceu a Fundação Darcy Vargas — A Casa do Pequeno Jornaleiro, que passou a ser uma das maiores obras assistenciais da época.

A partir de 1992, Fundação passou a promover cursos profissionalizantes para jovens. Já nos anos 2000, também passaram a ser ofertadas atividades educacionais, esportivas e culturais, para crianças e adolescentes da Região Portuária, no contraturno escolar.

Deste modo, o acordo estabelecido entre CEAP e FDV marca o início de uma parceria sólida e, Oxalá, duradoura na promoção de uma educação e cultura antirracista que possa “transbordar” e ressignificar cotidianamente a existência e vivência das pessoas, das comunidades e do território e promover a educação, os direitos humanos e a tolerância.

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