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Margareth Signorelli

Especialista em Relacionamentos pelo Método Gottman. Pós-graduada em Sexualidade pelo PROSEX- Faculdade de Medicina da USP. Gold Standard e Optimal EFT terapeuta. Autora do livro “Os 4 Pilares para uma vida feliz e saudável com EFT”. Criadora e Idealizadora de cursos de Autoaplicação da Técnica EFT, de Relacionamentos e de Formação de Terapeutas na Técnica EFT.

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Efeito Zeigarnik

Em 1922 Bluma Zeigarnik, psicóloga e psiquiatra lituano-soviética, identificou um importante viés cognitivo
27/03/2024 | 18h00

Em 1922 Bluma Zeigarnik, psicóloga e psiquiatra lituano-soviética, membro da Escola de Psicologia Experimental de Berlim, identificou um importante viés cognitivo.

Em um café em Viena, observou garçons quando tiravam pedidos grandes e cheios de detalhes de seus clientes, sem fazerem nenhuma anotação. Curiosa sobre a incrível memória deles, ela os entrevistou questionando como memorizavam os pedidos e impecavelmente os entregavam a cada um dos clientes. Os garçons explicaram que lembravam de cada pedido individualmente e quando os entregavam nas mesas simplesmente esqueciam.

Com esta observação, Bluma resolveu fazer alguns experimentos sobre memória em seu laboratório e tornou-se conhecida pelo Efeito Zeigarnik:

Nós nos lembramos mais dos eventos que NÃO completamos do que os que já concluímos. Temos 2 vezes mais probabilidade de lembrar problemas que NÂO foram resolvidos do que os solucionados.

Mas em que isto se aplica aos relacionamentos?

Os problemas que foram expostos pelo casal, discutidos e que terminaram em acordos, em que ambos se sentiram felizes e gratificados com a solução, tendem a ser esquecidos.

O mesmo não acontece com problemas que são ignorados por preguiça ou desprezo de uma ou ambas as partes e tendem a permanecerem presentes nos conflitos. Costumam ser relembrados constantemente e se tornam a “pedra no sapato”, sendo motivo para aumentar as discussões entre o casal.

As grandes questões tendem a serem resolvidas pelo casal por causa das suas proporções e consequências que podem trazer.

As pequenas, muitas vezes, são ignoradas e se acumulam como uma bola de neve, mas permanecem presentes, pois não foram solucionadas e continuam a rondar o casal que as relembra sempre que possível.

A diferença entre as duas é que:

Resolver problemas une e fortalece o casal. Não resolver traz ressentimentos e mágoas, sendo relembrados constantemente, contribuindo negativamente para a solução de outras questões entre os dois.

Resolver os impasses não só melhorará o seu relacionamento como seu cérebro agradecerá liberando memórias indesejáveis e as substituindo por lembranças de resolução e união.

Grande abraço,

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