Autoridades federais americanas informaram nesta terça-feira (05) que grupos russos e outros adversários estrangeiros agiram divulgando uma série de informações falsas para tentar interferir nas eleições americanas, minando a confiança no processo.
A maior preocupação, entretanto, é que esses adversários possam usar as semanas após a eleição para fomentar a discórdia política no país até que o resultado seja certificado pelo Congresso, no dia 6 de janeiro.
A diretora da Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, Jen Easterly, disse que a agência trabalhará ao longo do dia para deixar o público atualizado sobre as ameaças à eleição.
“Estamos em um ciclo eleitoral com uma quantidade sem precedentes de desinformação, incluindo a desinformação que está sendo agressivamente vendida e ampliada por nossos adversários estrangeiros em uma escala maior do que nunca”, disse ela.
Easterly ainda disse que o centro de operações eleitorais está ativo, monitorando possíveis ameaças à infraestrutura de votação.
Impacto nas eleições

As desinformações terão pouco impacto nas eleições (Foto: Freepik)
Apesar das tentativas, a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura acredita que os ataques não terão impacto significativo na eleição. Nas últimas semanas, urnas eletrônicas e sites relacionados a eleições foram alvo desses adversários estrangeiros, assim como enfrentaram campanhas de desinformação da Rússia. Contudo, Easterly disse que “não vemos nenhuma evidência de atividade que tenha o potencial de impactar materialmente o resultado da eleição presidencial”.
Na última segunda, foram veiculados vídeos falsos que se passavam pela CBS News e CNN, numa tentativa de alimentar o medo de que os resultados das eleições estivessem sendo manipulados. A agência de segurança cibernética, contudo, disse que já vinham alertando sobre esse tipo de fake news há semanas. Inicialmente não se sabia a origem desses vídeos, mas, depois, as agências de inteligência americanas apontaram o vídeo com sendo obra de russos.
“É provável que esses esforços para desacreditar o processo, minar a confiança e alimentar a discórdia partidária continuem não apenas no dia da eleição e nos dias imediatamente posteriores, à medida que o processo de certificação continua, mas realmente até 6 de janeiro” disse Cait Conley, um dos principais assessores de Easterly.
Segundo a Inteligência, os russos favorecem o candidato republicano, Donald Trump.
Autoridades eleitorais americanas disseram que a Rússia pode apoiar os eleitores trumpistas que pensam na possibilidade de desafiar o processo de certificação de alguns estados. Segundo Conley, os adversários veem o processo de certificação como uma oportunidade de questionar o processo eleitoral americano.
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