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Em delação, Cid diz que Bolsonaro queria esconder investigados da PF no Alvorada

Mauro Cid afirma que Bolsonaro autorizou um carro oficial a transportar Eustáquio para outro lugar, para tentar impedir que seu paradeiro fosse rastreado por investigadores.
31/10/2023 | 11h33

O jornalista Aguirre Talento publicou hoje no site UOL mais informações sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. Segundo a reportagem, Cid afirmou que o então presidente da República Jair Bolsonaro pretendia esconder no Palácio da Alvorada alguns dos alvos investigados pela Polícia Federal por ataques às instituições democráticas, para impedir que fossem presos. Um dos n omes citados foi do influencer bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que acabou fugindo para o Paraguai.

O ex-ajudante de ordens contou que o então presidente da República determinou que Eustáquio, alvo dos inquéritos conduzidos pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, ficasse escondido na sua residência oficial, para evitar que fosse preso. Ao UOL, a defesa de Bolsonaro negou as acusações e disse que ele não tinha relação próxima com Eustáquio.

De acordo com a delação, Bolsonaro também discutiu tomar a mesma iniciativa em relação ao youtuber Bismark Fugazza.

Eustáquio chegou foi recebido no Palácio da Alvorada por Bolsonaro, em dezembro. Um vídeo do jornalista entrando na residência oficial no dia 12 de dezembro circulou nas redes sociais, mas ele negou que a intenção fosse se refugiar lá por causa de uma eventual ordem de prisão.

De acordo com o depoimento, foi o próprio Cid quem dissuadiu Bolsonaro da ideia, sob o argumento de que isso poderia lhe acarretar problemas sérios perante o STF.

Mauro Cid afirma que Bolsonaro autorizou um carro oficial a transportar Eustáquio para outro lugar, para tentar impedir que seu paradeiro fosse rastreado por investigadores.

 

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